Revista JP

Minimalismo: o prazer de viver com menos

Conheça o minimalismo, o estilo de vida que já é tema de documentário, livros e vem conquistando mais adeptos

18 de janeiro de 2019

Possivelmente, em algum momento da sua vida, você já ouviu alguém falando sobre minimalismo, sem ao menos saber. Este estilo de vida vem ganhando notoriedade e tem como principal objetivo o “viver menos para as coisas e mais para as experiências”. 

Ao contrário do que muitos pensam, esse movimento não é novidade. O minimalismo surgiu nos Estados Unidos, na década de 60, por meio de movimentos artísticos que se posicionavam como oposição à emoção e os excessos do expressionismo abstrato. Porém, de lá pra cá, o conceito foi além das artes e passou a atuar na moda, design, arquitetura e decoração e, até mesmo, na vida. 

“O minimalismo é uma consciência, que gera uma prática na vida, de que devemos viver somente com o mínimo necessário”, explica o coaching e mentor Renan Carvalho, de Blumenau, que tem contato com a prática há alguns anos. 

Para ele, muitas pessoas tem uma facilidade maior de viver somente com o necessário, outras estão tão inseridas no sistema, que passam por uma dificuldade grande. “Quando começamos a olhar o nosso redor, é incrível o quanto perseguimos, vivemos e buscamos, como propósito de vida, conquistar e acumular coisas. Se olharmos um ambiente orgânico, natural, não existe nenhum ser vivo com mais do que ele precisa. O único ser que desenvolveu essa característica de viver é o ser humano. E esse comportamento, a partir do momento que temos consciência dele, percebemos o grande estrago que estamos fazendo no mundo, nas relações e nas pessoas, justamente porque estamos com esse comportamento de buscar viver com mais coisas que a gente precisa”, afirma Carvalho. 

A Netflix, atenta ao estilo, no ano de 2016, disponibilizou em sua lista de conteúdos o documentário “Minimalism: A Documentary About the Important Things”.  A produção fala de pessoas que acreditam que bens materiais não trazem felicidade. Por meio de entrevistas, a pergunta “menos é mais?” é respondida, com base na experiência de pessoas que se desprenderam de bens materias para focar no essencial. 

Além do documentário, o tema já se tornou livro, também, como o best-seller  “Menos é mais: um guia minimalista para organizar e simplificar sua vida”, da americana Francine Jay. Na obra, a autora busca, de forma criativa e divertida, revelar os segredos de uma vida com menos consumo e mais plenitude, abordando, também os beneficíos de se tornar um minimalista. 

Há, também, quem compare o estilo a outros semelhantes, como o movimento hippie e punk. Porém, na contramão, o minimalismo não tenta implantar uma nova sociedade alternativa, mas sim, em seu objetivo, busca combater o consumo exacerbado.

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