Coluna da CLiP: Imortalidade ou efemeridade da vida?

O Ser Humano busca a imortalidade e sonha encontrar o elixir da eterna juventude.

Homens e mulheres desejam ser jovens para sempre e valorizam a casca, mas não apreciam a polpa da fruta.

Anseiam viver além da média de seus contemporâneos e desejam chegar à maturidade com o corpo e a resistência da juventude.

A ciência faz milagres e poderá até alcançar esse sonho idealizado, porém o que não é levado em conta são as coisas que têm mais valor e são mais amplas do que a aparência física.

Devemos aceitar a velhice e devemos respeitar os idosos, pois são eles que fazem a história de uma família e de um povo.

Se o ser humano conseguisse alcançar seus objetivos de não envelhecer, ficaria no ar a pergunta: a memória deve ser preservada?

Porque quando esses imortais sentissem saudade, não haveria mais ninguém para compartilhar suas lembranças.

Se quisessem voltar aos lugares significativos, não os reconheceriam.

Quando procurassem pessoas de sua época, não as encontrariam.

Portanto, viver ad eternum não é tão gratificante, pois de que vale viver para sempre se o mundo de cada um é modificado constantemente…

… e esse mundo acaba.

O QUE É SER IMORTAL

Ser Imortal é ter a consciência crítica, em meio às angústias humanas.

Ser Imortal é ter a consciência em paz, resultado das próprias escolhas.

Ser Imortal é viver a plenitude do instante, com flashs do passado e visualização do futuro.

Ser Imortal é perceber a efemeridade da vida, acreditando que cada gesto foi significativo e trouxe a paz de espírito.

Ser Imortal é acreditar em seus próprios sonhos, respeitar os devaneios alheios e perceber a magnitude do viver.

Ser Imortal é viver no umbral da existência, sem assistir somente a vida passar e acima de tudo é ficar registrado no coração e na memória dos que são caros.