CliP Mulher

Coluna da CLiP: Atualmente (*)

Atualmente as “moças” estão em baixa.

21 de outubro de 2022

Foto: Envato Elements

Atualmente as “moças” estão em baixa.

A expressão “moça” era usada para caracterizar que a jovem ainda era virgem.

Hoje, em função das “ficadas”, algumas meninas de doze ou treze anos já não são mais virgens e algumas até já tem filhos.

As prendas domésticas estão fora de moda, pois fazer crochê, tricô ou bordar é coisa de velha.

Os rapazes hoje são chamados de “boyzinhos” e estão muito preocupados em cultuar seus corpos, sem se preocuparem com os recheios mentais.

Cada vez mais as pessoas estão correndo para chegar a lugar nenhum.

As pessoas mais velhas não querem “entregar os pontos” e após ficarem sozinhas devido a separações ou viuvez, procuram juntar-se a grupos para retomarem o que ficou para trás.

Não se fazem mais avós como antigamente, que recebiam os netos com doces e guloseimas. Hoje essas pessoas são as primeiras a convidar os netos para “dar uma chegada no shopping” para fazer um lanche.

As cadeiras nas calçadas são coisas do passado, onde as famílias sentavam no final da tarde para trocar ideias com a vizinhança sobre o dia, enquanto as crianças jogavam bola ou andavam de bicicleta.

Hoje as pessoas estão hipnotizadas pelas “telinhas” (da TV ou do celular). A TV traz o mundo para dentro de casa e o celular afasta as pessoas fisicamente, aproximando-as virtualmente. Em ambos os casos tornam as pessoas prisioneiras em seus próprios lares.

O mundo mudou e as pessoas mudaram.

Até que ponto esta vida é mais saudável?

 

(*) Releitura do texto Antigamente de Carlos Drumond de Andrade

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