Um novo espaço, em clima de Páscoa

Quando pensamos na Páscoa, além do significado religioso da data, da Ressurreição de Jesus Cristo, outra figura que logo vem à nossa mente é o coelho. O animal começou a ser adotado como símbolo da Páscoa porque é um dos primeiros animais a aparecerem de volta na natureza, após o Equinócio de Primavera.

Segundo o site Brasil Escola, a história tem muita relação com a cultura popular germânica, pois, na Alemanha, havia a lenda sobre o Osterhase, uma lebre que trazia ovos enfeitados para as crianças durante o período do equinócio da primavera. A lebre trazia os ovos e os escondia, cabendo às crianças o dever de encontrá-los.

Essa lenda foi levada aos Estados Unidos por imigrantes alemães a partir do século XVIII, popularizando-se por lá. Existe muita especulação acerca da sua provável origem, se é pagã ou cristã, mas o fato é que é impossível fazer essa definição.

O que sabemos é que a forma como enxergamos a Páscoa foi modificada, a partir do século XIX, para transformar essa celebração em algo mais familiar. Esse processo entendeu a Páscoa como uma festividade a ser comemorada em família e contribuiu para estabelecer o coelho como um dos seus símbolos.

E na casa da dona Nora Harmel, os coelhos foram aqueles que receberam um presente de Páscoa. A pomerodense, junto da família, administra um estabelecimento gastronômico, mas divide seu tempo com a casa e os animais que mantém, entre eles, os coelhos.

Neste ano, o genro, Diego Francisco e de um dos colaboradores do local, Paulo André Volkmann, decidiram criar um espaço específico para os coelhos, deixando-os mais perto dos visitantes.

Nora Harmel e Paulo André Volkmann, dois dos responsáveis pela idealização do espaço. (Foto: Isadora Brehmer / Jornal de Pomerode)

“Eu já tinha os coelhos há mais tempo, e há cerca de 15 dias, meu genro e o Paulo sugeriram a ideia de construir um viveiro para os coelhos mais na parte da frente do terreno, onde ficam os brinquedos para as crianças. Achamos que seria uma forma de entrar ainda mais no clima da Páscoa, aqui na nossa região”, afirma Nora.

Criados pela pomerodense há cerca de um ano, os coelhos são alguns dos xodós de Nora, que também cria outros animais, como calopsitas, um papagaio, cachorros e gatos. Por isso, a primeira exigência para que os coelhos viessem ao novo espaço, foi que fosse tudo muito bem construído, para que os animais não fugissem.

Agora, os quatro coelhos, três fêmeas e um macho, tem um espaço próprio, abaixo do playground, com todo o conforto e segurança necessários. E, desde que o local ficou pronto, os coelhos Pompom (cinza), Shoyo (preto), Estrela (branco) e Caramelo (castanho) viraram a nova atração do local.

“Chama muita atenção, as crianças só querem vir para perto do espaço, para brincar com os coelhos. Eu sempre cuidei deles e não queria que escapassem. Mas fico feliz com o novo espaço, pois muitas crianças vêm aqui, ficam encantadas e não querem mais ir embora. E agora, na Páscoa, tudo ficou ainda mais especial”, destaca dona Nora.

Foto: Isadora Brehmer / Jornal de Pomerode