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Um hobby que preserva o passado

Morador da Itoupava Rega coleciona diversos itens antigos e guarda com carinho em seu bar

26 de junho de 2022

Foto: Raphael Carrasco / Jornal de Pomerode

Uma paixão por guardar itens que fizeram parte do passado. Waldir Jantz, ou mais conhecido como Vavá, é um colecionador de mão cheia, que gosta de preservar antiguidades, dentro do seu bar, localizado no bairro Itoupava Rega.

O local já tem seu fator histórico, já que o rancho, que abriga hoje o estabelecimento, foi construído no ano de 1929. Claro que, com o tempo, o lugar foi ampliado e a decoração é toda voltada aos itens guardados por Jantz. Ao passar dos anos, Vavá foi colecionando os mais diversos itens, como rádios, máquinas de escrever, televisões, relógios, brinquedos, porcelanas, cristais.

Embalagens de produtos mais antigos também tem o seu cantinho reservado, no local, assim como as caixas de bebidas, de épocas passadas. Outro canto curioso do bar é uma parte de uma Kombi, apenas com a cabine, que virou parte da decoração rústica do estabelecimento. Placas de veículos, também antigas, estão expostas nas paredes do bar, assim como cartazes de bebidas de diferentes épocas.

Com tudo isso, dentro do bar do Vavá, há um xodó que é guardado com muito carinho: uma lambreta ano 1961, que pertencia ao seu pai. A motoneta foi adquirida 0km, em Blumenau, na época, e Jantz procura sempre preservar a mesma com muito carinho e cuidados especiais. Ali dentro do bar, também está guardada uma mobilete Monareta, ano 1990, que também era da família.

Lambretta ano 1961 é um dos xodós de Vavá. Motoneta pertencia ao seu pai. (Foto: Raphael Carrasco / Jornal de Pomerode)

 

Além da Mobilete, Vavá tem um carinho muito grande por um rádio que seu avô deu de presente. O aparelho veio da Alemanha e traz boas lembranças da época de infância. Outra que também tem um espaço reservado no local, é uma mesa de marcenaria, que também pertencia ao avô, com ferramentas originais da época. Inclusive, foi o seu avô que construiu o rancho, no fim da década de 1920.

“Eu guardo as ferramentas que meu ‘Opa’ usava. Tudo é original da época; a mesa utilizada para a marcenaria, as serras que ele usava durante os trabalhos. Acho que é importante guardarmos pois era uma coisa que ele amava fazer e isso nos traz boas lembranças da época em que ele vivia”, ressalta.

Jantz fala da paixão pela coleção e conta como consegue manter e conservar as antiguidades.

“Primeiro de tudo: você tem gostar do que está fazendo. Eu vou tentando manter tudo em ordem, guardar as coisas e mostrar ao pessoal para relembrar um pouco o passado. É uma emoção muito grande, pois poucos dão valor para essas coisas. Para mim é um orgulho, pois tem muitas coisas que pertenciam aos meus avós, pais. Inclusive, o rancho foi construído para criação de gado. Depois que ele ficou desativado um tempo, tive a ideia de fazer o bar e levar para frente as antiguidades, afinal, não foi de um dia para o outro que tudo isso foi juntado”, comenta.

Além de todas essas antiguidades, Jantz também possui uma coleção de discos de vinil. São mais de 320 que estão guardados, e se diversificam em vários estilos musicais, desde bandinhas da região a bandas internacionais. Os discos também ficam suspensos no teto, fazendo parte da decoração diferenciada, do local.

Vavá mostra sua coleção de mais de 300 discos de vinil. (Foto: Raphael Carrasco / Jornal de Pomerode)

Vavá fala sobre a passagem de geração para geração. De acordo com o colecionador, o filho já está pronto para cuidar do acervo rico que Jantz tem, dentro e fora do bar.

“É muita coisa que tenho guardado aqui. Os brinquedos, inclusive, eram do meu filho, que hoje está com 35 anos de idade. E, minha netinha, de oito anos, adora antiguidades e gosta muito de mexer na minha coleção e saber um pouco mais do que se tinha antigamente”.

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