Segurança

Um crime que segue sem respostas

A esperança que ainda habitava os corações da família da jovem Ariana Arndt foi sepultada com a descoberta do corpo da menina.

1 de junho de 2015

A esperança que ainda habitava os corações da família da jovem Ariana Arndt, de 16 anos, foi sepultada com a descoberta do corpo da menina que boiava no Rio Benedito, como noticiado pelo Jornal de Pomerode na edição anterior.
Logo após a descoberta, a Justiça decretou a prisão preventiva do principal suspeito do crime, Jhony Karsten, 22 anos, ex-namorado da vítima.
Ainda nas imediações do rio, quando os bombeiros realizavam a retirada do cadáver, familiares já tinham certeza que se tratava da jovem desaparecida, contudo, o reconhecimento oficial ocorreu na segunda-feira, dia 16 de julho. O laudo elaborado pela perícia responsável pelo caso divulgado na tarde de terça-feira 24 de julho, confirma que Ariana Donato Arndt, morreu por afogamento. O estado de decomposição do corpo prejudicou a identificação de marcas na pele, mas não foram encontrados sinais de lesões.
A delegada que conduz as investigações, Stela Maris Antunes da Rosa, declarou para a imprensa que não tem dúvidas da participação de Jhony Karsten no crime, não descartando a colaboração de uma terceira pessoa na ação.
O advogado de defesa de Jhony Karsten, Reny Becker Filho, em entrevista a imprensa, declarou que seu cliente segue alegando inocência. Quando se apresentou para se colocar a disposição da Justiça, o acusado se recusou a responder os questionamentos feitos pela delegada, fazendo uso do que permite a lei, calando-se e optando em responder somente em juízo o interrogatório.
Foram apreendidos objetos pessoais do suspeito, que posteriormente foram encaminhados para perícia. Enquanto estava na Delegacia de Timbó, o acusado não demonstrava estar sensibilizado com a morte da ex-namorada. A família da jovem, que estava na porta do prédio, reagiu com xingamentos a presença de Jhony Karsten, clamando que fosse feito Justiça.
A delegada responsável pelo caso afirmou ainda em coletiva de imprensa que em todos os depoimentos o acusado negou ter estado com Ariana no dia do crime, sendo que três testemunhas apresentam versões distintas, dizendo que os jovens estavam sim juntos e que mantinham uma conversa acalorada.
A previsão é que o inquérito policial seja concluído nos próximos dias. Caso Jhony Karsten seja indiciado, poderá ir a júri popular. O acusado encontra-se no Presídio Regional de Blumenau. O advogado de defesa está providenciando a soltura de Jhony através de um habeas corpus, mas não teve sucesso na ação até o momento.
O corpo de Ariana foi sepultado às 8h de terça-feira, 17 de julho, no Cemitério Jardim da Paz, em Timbó.

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