Segurança

Rodrigo Gularte é executado na Indonésia

Brasileiro foi preso em 2004 tentando entrar no país com 6 kg de cocaína

28 de abril de 2015

O brasileiro Rodrigo Gularte, de 42 anos e condenado à morte por tráfico de drogas na Indonésia, foi executado no país durante a madrugada (início da tarde desta terça-feira no horário de Brasília). A informação foi confirmada à Agência Brasil pelo encarregado de Negócios da Embaixada do Brasil em Jacarta, Leonaro Carvalho Monteiro.

Segundo Monteiro, antes do fuzilamento, Gularte recebeu a visita de um padre que também era seu guia espiritual. De acordo com Monteiro, após o cumprimento da sentença, os corpos começaram a ser preparados e em cerca de duas horas serão levados para Jacarta.

Além de Gularte, também foram fuzilados o indonésio Zainal Abidin, os australianos Andrew Chan e Myuran Sukumaran, os nigerianos Sylvester Obiekwe, Raheem Agbaje e Okwudili Oyatanze e o ganês Martin Anderson.

Única mulher no grupo, Mary Jane Veloso também foi a única que não foi executada nesta terça-feira. A retirada dela da lista de execuções de hoje ocorreu após uma mulher que supostamente a recrutou para levar drogas à Indonésia ter se entregado às autoridades filipinas.

As execuções por fuzilamento ocorreram na prisão de Nusakambangan, em Cilacap, a cerca de 400 quilômetros de Jacarta. Mais cedo, Leonardo Carvalho Monteiro, que está no local, informara que não havia nada mais a fazer.

Apesar dos apelos dos governos envolvidos, os indonésios não haviam aberto nenhuma exceção até hoje. Só o Brasil, por exemplo, enviou nove pedidos de clemência – e todos foram negados.

Essa é a segunda vez que o país executa estrangeiros. Em janeiro, foram mortos cinco condenados, entre eles o também brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira.

No caso de Rodrigo Gularte, o paranaense foi preso em 2004 tentando entrar no país com 6 kg de cocaína escondidos em uma prancha de surfe.

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