Polícia pede prisão temporária de suspeito de matar professora em Blumenau
O delegado responsável pela investigação da morte de uma professora em Blumenau, no Vale do Itajaí, decidiu pedir a
prisão temporária do principal suspeito do crime: o namorado da filha da professora.
O delegado responsável pela investigação da morte de uma professora em Blumenau, no Vale do Itajaí, decidiu pedir a prisão temporária do principal suspeito do crime: o namorado da filha da professora. “O pedido já foi feito, só não foi protocolado, pois dependemos do laudo cadavérico que ainda não foi liberado pelo IGP [Instituto Geral de Perícias]”, afirmou o delegado Ronnie Esteves na tarde desta terça-feira (14).
A professora Eliane Eroni dos Santos, de 36 anos, foi encontrada morta em casa no fim da tarde de segunda-feira (13). O corpo estava embaixo de uma cama de um dos quartos de sua casa, no bairro Garcia, e foi encontrado pela filha de 8 anos. A outra filha da mulher, de 16, e o namorado dela, são suspeitos de terem cometido o crime.
Segundo o delegado, a partir do depoimento do rapaz de 19 anos é que deve se estabelecer o envolvimento da garota no assassinato.
“Há elementos que levam para o envolvimento dele. Tudo leva a crer que a adolescente estava na cena do crime, mas após prendê-lo é que será possível individualizar a participação de cada um deles. A conduta dela será investigada de forma diferenciada”, detalhou o delegado. Os dois não haviam sido encontrados pela polícia até a publicação desta reportagem.
Suspeitos com passagem pela polícia
O jovem de 19 anos e a adolescente têm passagens pela polícia por crimes cometidos no passado, informou Esteves.
“Ele foi preso em flagrante em outubro do ano passado por tentativa de roubo. Ameaçou uma senhora com uma faca, mas foi liberado, pois o juiz entendeu que não houve o crime”,explica o delegado regional de Blumenau, Rodrigo Marchetti.
De acordo com Esteves, o casal foi visto mais de uma vez em veículos com registro de furto. “Ele já foi encontrado com veículos roubados. A adolescente também tem passagens. Em algumas estava com ele e outras [passagens que ela possui] não”, afirma.
Depoimentos
Até a tarde desta terça-feira, o delegado responsável pelo inquérito havia ouvido a avó do suspeito e um vizinho dela.
Segundo Esteves, nenhum morador próximo da casa da professora tinha se disposto a testemunhar até a publicação desta reportagem.
“A vó contou que a adolescente saiu de casa no domingo. Ela brigou com a mãe e tinha um arranhado no peito, conforme relato da vó. O neto pediu se ela não poderia passar a noite ali e a vó autorizou. Na manhã de segunda-feira, eles saíram a pé por volta das 8h e retornaram às 13h com o carro da vítima. Ele pegou roupa, comida e foi embora apressado. A adolescente ficou no carro”, detalha o delegado sobre o depoimento da avó, que não sabia das passagens do neto pela polícia.
O vizinho da avó confirmou que viu os dois chegando no carro da professora. A polícia pretendia ouvir também a filha da professora, de 8 anos, que encontrou o corpo. Mas, segundo o delegado, ela foi com um tio para a cidade de Monte Castelo, no Oeste catarinense, onde o corpo da professora deve ser sepultado.
Crime
Quem encontrou a vítima foi a filha de 8 anos que, ao chegar da escola, por volta das 18h, avistou sangue pela casa e viu os pés da mãe embaixo de uma cama.
Sem saber do que se tratava, a menina chamou a um vizinho, que foi ao local, constatou que a vítima era a mãe da criança e acionou a Polícia Militar.
Conforme informações repassadas pela PM, vizinhos relataram que Eliane e a filha de 16 anos teriam discutido porque a mãe era contra o namoro da adolescente com o rapaz de 19. A discussão teria acontecido no mesmo dia do homicídio.
Do G1 SC