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Israel está em estado de alerta de guerra, após ataque do grupo extremista Hamas

Ao todo, levando em conta os dois dias de conflito, desde o ataque do Hamas, mais de 1.000 pessoas já morreram

8 de outubro de 2023

Foto: Getty Images

No Oriente Médio, Israel decretou estado de alerta de guerra, após um ataque do grupo extremista palestino Hamas, que afirma ter disparado cinco mil foguetes, no sábado, 07 de outubro.

A ação foi considerada a mais violenta em território israelense, dos últimos 50 anos, e a invasão foi por terra, ar e mar, com motos e parapentes, pela parte sul de Israel.

Segundo relatos, os invasores do Hamas atiraram em pessoas que estavam nas ruas, e também sequestraram dezenas de outros, que foram levados como reféns para Gaza. Mulheres e crianças também foram levadas.

Ainda no sábado, Israel respondeu ao ataque, com o lançamento de bombas em direção à Faixa de Gaza. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse “Estamos em guerra e vamos ganhar”.

Também em Israel, uma rave foi atacada pelo Hamas, provocando ao menos 260 mortes. A festa ocorreu no deserto de Negev e havia milhares de pessoas no local. Entrevistados pela BBC afirmaram que havia jipes com homens armados, que atiraram nas pessoas que estavam no local.

Ao todo, levando em conta os dois dias de conflito, desde o ataque do Hamas, mais de 1.000 pessoas já morreram, sendo 700 em Israel, 413 na Faixa de Gaza e 7 na Cisjordânia.

(Com informações de Portal G1)

 

Avião da FAB fará repatriação de brasileiros em Israel

Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) decola de Natal (RN) neste domingo (8) com destino a Roma, na Itália, para repatriar os brasileiros que tentam sair da Palestina ou de Israel devido ao conflito iniciado neste final de semana. A expectativa da FAB é que o avião siga da Itália e pouse em Tel Aviv na tarde de segunda-feira (9) ou na terça-feira (10) para a primeira repatriação de brasileiros.

O governo reservou seis aeronaves para a repatriação. São dois KC-30, com capacidade para 230 passageiros cada, além de dois KC-390, com capacidade para 80 passageiros cada, e duas aeronaves cedidas pela Presidência da República, com capacidade de 40 passageiros cada.

Inicialmente, um KC-30 segue hoje para Itália com objetivo de ficar mais próximo do conflito, enquanto as embaixadas finalizam a primeira lista para repatriação. Médicos e psicólogos estão na equipe que seguirá para a região para auxiliar os brasileiros.

“Nós vamos adequando o tamanho da missão em função das necessidades alocadas pelos nossos ministérios. Estamos com um brigadeiro lá na embaixada (de Israel) ajudando nessa consolidação de todos os brasileiros, de todas as embaixadas da região, Egito, Jordânia e Israel, para que possamos trazer todos os brasileiros que estão na região, logicamente aqueles que desejarem. Importante dizer que vários também já estão se colocando em aeronaves comerciais”, informou o comandante da FAB, tenente-brigadeiro do Ar Marcelo Damasceno.

Ele participou na manhã de hoje de uma reunião no Palácio do Itamaraty, acompanhado do ministro da Defesa, José Múcio, convocada para analisar o conflito em Israel e na Palestina.

O comandante da FAB informou ainda que a primeira lista com os brasileiros que devem ser repatriados deve ficar pronta na manhã desta segunda-feira (8). Além de Tel Aviv, os aviões do governo brasileiro podem usar aeroportos de outros países que fazem fronteira com Israel e Palestina.

“Tel-Aviv é o aeroporto que vai repatriar os brasileiros ligados a comunidade israelense. Estamos analisando os outros países e quais aeroportos que nós faremos os resgates da parcela ligada ao Oriente Médio como um todo”, destacou Damasceno.

Os aviões devem buscar os brasileiros sempre no período da tarde para facilitar os deslocamentos internos até os aeroportos. “No momento de crise como esse os transportes terrestres ficam mais difíceis. Então nós damos chance para que durante as manhãs de cada dia de repatriação eles possam se deslocar até o aeroporto”, explicou.

O Itamaraty tem monitorado os brasileiros na região e vem identificando aqueles que querem voltar ao Brasil. São estimados 14 mil brasileiros residentes em Israel e 6 mil brasileiros na Palestina, a grande maioria fora da área afetada pelos ataques.

Até o momento, um brasileiro encontra-se ferido e três estão desaparecidos. Eles estavam participando de um festival de música em Israel.

Também neste domingo (8), será realizada uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), na sede da entidade em Nova Iorque. A convocação extraordinária foi definida pelo Brasil, que ocupa a presidência do órgão. Serão tomadas decisões, no âmbito do organismo, sobre os ataques.

Fonte: Agência Brasil

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