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Ex-ator Bruce Willis é diagnosticado com demência

Comunicado foi feito pela família do artista.

17 de fevereiro de 2023

Foto: Charles Sykes / Invision / AP

Nesta quinta-feira, 16 de fevereiro, uma notícia pegou o mundo das artes de surpresa. Isso porque, após ser diagnosticado com afasia, no ano passado, a família do ex-ator Bruce Willis informou sobre uma nova doença.

Um comunicado, nas Redes Sociais, diz que ele está com demência frontotemporal (DFT).

“Infelizmente, desafios com comunicação são apenas um sintoma da doença que Bruce enfrenta. Enquanto isso é doloroso, é um alívio finalmente chegar a um diagnóstico claro”, afirmou a família do ator em comunicado no site da Associação para a Degeneração Frontotemporal.

Aos 67 anos, Willis deixou as telas no ano passado, juntamente por conta da afasia. Nascido na Alemanha, mas criado nos Estados Unidos, é um dos mais bem-sucedidos atores de Hollywood. Tem no currículo grandes sucessos do cinema, como “Duro de Matar”, “Pulp Fiction”, “Armageddon” e “O Sexto Sentido”, além da série “A Gata e o Rato”.

 

O que a DFT?

A Demência Frontotemporal (DFT) apresenta um quadro clínico de deterioração mental progressiva com afasia grave e distúrbios comportamentais associados à degeneração (atrofia) temporal esquerda ou frontotemporal. Sua evolução é rápida, em geral, deteriora em um ano, mas, por vezes, chegando a cinco a 10 anos.

Esse tipo de demência é, às vezes, chamada de Complexo de Pick, sendo caracterizada por atrofia do cérebro nas regiões frontal e temporal.

No quadro clínico da DFT podem prevalecer distúrbios de personalidade e comportamento, caso as lesões sejam frontais ou, se forem temporais, com afasia progressiva com demência semântica.

 

Imagem: Divulgação

 

Se inicialmente surgem alterações de comportamento, personalidade ou da fala, os problemas de memória na Demência Frontotemporal aparecem mais tardiamente, tornando difícil o diagnóstico de demência. Da mesma forma, está prejudicado o diagnóstico precoce quando se utiliza o Mini-Exame de Estado Mental (MMSE – Mini-Mental State Examination), que pode não detectar anormalidades em pacientes com DFT, quando as alterações são mais frontais.

O diagnóstico por imagem pode exibir uma atrofia focal das áreas frontais e/ou temporais, que é frequentemente assimétrica. Embora possam ser necessários testes neuropsicológicos mais complexos para o diagnóstico da DFT, privilegia-se uma boa entrevista com familiares sobre alterações de personalidade.

Fonte: Dr. Ricardo Zimmer, psiquiatra

 

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