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Execução de Serial Killer é suspensa nos EUA após médicos falharem 8 vezes a aplicação da injeção letal

O tribunal concedeu e, agora, o estado terá que obter outro mandado de execução se quiser executar o homem

29 de fevereiro de 2024

Foto: Jessie L. Bonner/AP

Na quarta-feira, 28 de fevereiro, o estado de Idaho, nos Estados Unidos, interrompeu a execução do serial killer (assassino em série) Thomas Eugene Creech, depois que a equipe médica responsável por aplicar a injeção letal, não conseguiu encontrar uma veia para injetar o veneno via endovenosa.

Creech tem 73 anos e é umas das pessoas condenadas à morte há mais tempo na prisão. Ele está cumprindo pena há 50 anos. Foi condenado por cinco homicídios que ocorreram em três estados diferentes. Suspeita-se que ele também cometeu outros assassinatos.

Na quarta-feira, ele foi levado até o local onde seria executado, dentro de uma instituição de segurança máxima no estado de Idaho.

Três membros da equipe médica tentaram encontrar uma veia para injetar o veneno. No total, foram oito tentativas para inserir um cateter em um vaso sanguíneo, em algumas, não conseguiram localizar uma veia, em outras, até conseguiram, mas tiveram receio de que a via fosse dar problemas no meio do procedimento.

Os profissionais tentaram localizar veias no braços, pernas, mãos e pés do indivíduo. Depois de cerca de uma hora, a execução foi suspensa. Essa seria a primeira execução no estado em 12 anos.

A equipe responsável pela execução era formada apenas por voluntários, cujas identidades não foram relevadas.

Durante as tentativas de injetar o veneno, Creech olhou para seus familiares que estavam sentados em um cômodo ao lado diversas vezes.

Josh Tewalt, diretor do departamento de penas, afirmou que existe outras formas de execução, mas que há um artigo da Constituição dos EUA que proíbe penas cruéis ou pouco comuns.

Os advogados de Creech entraram na Justiça pedindo a suspensão da execução, argumentando que a tentativa de execução terrivelmente malfeita, prova a incapacidade da equipe em realizar uma execução humana constitucional.

O tribunal concedeu e, agora, o estado terá que obter outro mandado de execução se quiser executar o homem.

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