Conscientizar para prevenir
Operação nas escolas visa aproximar PM e comunidade. Ação tem como objetivo ainda afastar os jovens de
entorpecentes. Desta vez, a ação ocorreu em três colégios
Conscientização: tomar consciência de algo. Prevenção: precaução para evitar qualquer mal. Juntando-se os dois conceitos entendemos a atuação da Polícia Militar de Pomerode.
Prova disso foi a ação realizada na manhã de quarta-feira, dia 04 de março, em três escolas pomerodenses, onde, em parceria com o Canil do 10º Batalhão da PMSC, de Blumenau, observou-se que os alunos puderam conhecer um pouco do trabalho realizado com os cães de “faro” e com os cães de “guarda e proteção”. Paralelamente a isso, a busca por entorpecentes era efetuada no perímetro interno e externo das escolas.
Segundo o comandante do Pelotão de Pomerode, Tenente Cristofer Tiemann, a ação já ocorreu anteriormente e tem como objetivo integrar sociedade e polícia. “A filosofia abordada nesta operação é a da polícia comunitária, que procura pela aproximação entre polícia e comunidade, uma vez que os estudantes são o futuro de nossa nação, futuros líderes locais e futuros profissionais nos mais diversos ramos”, ressalta.
E a relação entre comunidade, seja ela jovem ou adulta, e Polícia é fundamental para que o trabalho de ambos possa ser realizado com segurança e eficácia.
Além desta aproximação, a operação teve também outro objetivo: prevenir o consumo e consequente tráfico de entorpecentes na cidade.
Dados da Organização das Nações Unidas revelam que cerca de 200 mil pessoas morrem por ano por consumir drogas ilícitas. Dentre elas, a maconha foi a droga mais consumida, com 224 milhões de usuários em todo o mundo.
Tendo conhecimento desses dados, a PM iniciou a ação com alunos de ensino médio e agora foi efetuada também com alunos de ensino fundamental, com o intuito de afastar os jovens de entorpecentes.
A busca por drogas foi realizada e, desta vez, uma adolescente foi flagrada portando entorpecente, ainda fora da escola. A direção da escola foi informada, bem como o Conselho Tutelar e a mãe da jovem, que apresentou-se no local. A filha, junto com a mãe, foi encaminhada à Delegacia de Pomerode para o registro dos fatos.
A operação seguirá ainda em dias, horários e locais distintos. “A ação acontece para proteger a comunidade e, principalmente os jovens. Sendo esse o objetivo, vamos continuar realizando a operação em variados estabelecimentos de ensino de Pomerode”, completa o Tenente.
Para o diretor de uma das instituições de ensino que foram beneficiadas com a operação, esta é uma proposta extremamente válida. “A maioria dos pais quer segurança. E a proposta da polícia comunitária é justamente essa. E, mais do que isso, agora é de conhecimento geral que as escolas também estão sendo assistidas pela Polícia Militar”, ressalta.
A participação dos cães e suas funções – A presença dos cães nas escolas gera curiosidade e simpatia. E como consequência, os alunos pedem para tocá-los e a interação acontece. Esse é o objetivo.
Saber que a Polícia Militar atua para proteger e fazer cumprir as leis e os direitos da população é fundamental para que a segurança pública seja uma garantia de todos.
A participação dos cães engrandece a ação, pois além da busca, o conhecimento também acompanha a operação uma vez que as apresentações realizadas na escola permitem aos alunos conhecer mais sobre o trabalho realizado nos canis.
O soldado Da Silva conta que as apresentações encenam a abordagem efetuada com os cães. “Mostramos que os cães são treinados para que, em caso de agressão contra o policial em uma abordagem, reajam. E, obedientes aos comandos, eles soltam apenas quando ordenados. A presença deles é um apoio à PM e garantia de segurança a todos”, ressalta.
Em nossa região, três cães estão treinados para realizar a busca por entorpecentes, principalmente maconha, crack e cocaína, além de busca em matas e guarda e proteção.
E, para isso, leva-se, em média, dois anos para ensiná-lo. “O canil foi fundado em Blumenau no ano de 2010 e os cães são treinados para efetuar busca por drogas e em mata, além de guarda e proteção. O treinamento acontece diariamente e o Canil atende toda a região pertencente ao 10º Batalhão”, explica Cabo Emerson, um dos policiais responsáveis pelo adestramento dos cães.
Átila, Iron e Apollo são os cães treinados para isso e todos serem machos não é coincidência. “Há uma preferência pelos cães machos, pois as fêmeas não podem trabalhar e farejar durante o cio. Logo, este seria um período inutilizado”, conta o Cabo Bonanoni.