Amizade que virou irmandade e parceria de 25 anos na Festa Pomerana

Uma amizade de praticamente 50 anos, transmitida também aos filhos e que rendeu diversas memórias. Rogério Oestreich e Ronald Junkes nasceram no mesmo ano, 1974, e eram vizinhos, o que os fez crescer muito próximos.

Devido a esta proximidade, estiveram juntos por toda a infância, adolescência e um pouco da maioridade, até se mudarem para outras residências, com suas próprias famílias. “Nós fazíamos quase tudo juntos. Frequentamos a juventude da igreja juntos, praticamos voleibol juntos, conquistando três títulos estaduais, e somos quase irmãos. Inclusive criamos o hábito de chamar a mãe um do outro de tia”, conta Rogério.

E mesmo quando a distância física se fez presente, a amizade continuou sendo também transmitida aos filhos, que têm poucos dias de diferença de idade. “Sempre mantivemos contato e dividíamos novas experiências. Graças a isso, nossos filhos se aproximaram naturalmente e também desenvolveram uma relação de amizade”, complementa.
Ronald comenta que outro ponto que os deixou ainda mais próximos foi a participação no Jeep Clube de Pomerode, já em seus primeiros anos de existência.

“O Jeep Clube foi fundado em 1996 e eu entrei em 1997. Logo na sequência o Rogério também adquiriu um jipe e entrou para o grupo, por volta do mês de julho daquele ano”, relembra Ronald.

Com os jipes, surgiu outra paixão que uniu ainda mais as famílias: a participação nos desfiles da Festa Pomerana. “Com os jipes, Ronald participou da Festa Pomerana de 1998 e eu em 1999, ou seja, são mais de 25 anos participando dos desfiles da Pomerana”, afirma Rogério.

Foto: Arquivo pessoal

Segundo Ronald, a relação com a Pomerana começou com um convite para a participação nos desfiles e ele foi o primeiro dos amigos a assumir este compromisso. “No início, havia desfiles todos os dias e era preciso estar lá, então eu me coloquei à disposição quando solicitaram mais um jipe. No ano seguinte, logo sugeri o nome do Rogério e ele se colocou à disposição, da mesma forma. Hoje, minha esposa também dirige o jipe, e como fazemos parte do grupo folclórico, nos revezamos na condução do jipe. Somente neste ano, como meu jipe conduziu o carro das realezas e é maior, ela preferiu que eu dirigisse em todos os dias. Eu já não estou mais no Jeep Clube, pois precisei optar entre ele e o grupo folclórico, mas o jipe continua na família e não temos como abandoná-lo”, garante Ronald.

E em 25 anos participando dos desfiles da Festa Pomerana, foi natural que os filhos também adquirissem um carinho especial pelo evento, uma vez que começaram a participar dos desfiles e da Festa, em si, ainda nos primeiros dias e meses de vida.

“Minha filha mais velha foi pela primeira vez para a festa Pomerana com cerca de 15 dias de vida, há 20 anos, completados agora em 2024. Já a minha caçula foi com nove meses para a Pomerana. Tanto que a Festa Pomerana já faz parte da nossa rotina no início de cada ano e já nos planejamos contando com ela”, afirma Rogério.

Os dois amigos reforçam que tanto tempo participando dos desfiles só foi possível graças ao comprometimento a cada nova edição da Festa Pomerana.

“Temos responsabilidade com a festa e cuidado, pois transportamos pessoas, e temos o compromisso de sempre estar presentes. Ser convidado para participar dos desfiles conduzindo carros é um privilégio, pois significa que as pessoas confiam em nosso trabalho. E faça chuva ou faça sol, estamos presentes lá, independentemente do tempo. Seguimos as orientações e regras passadas e fazemos o que nos foi pedido, carregando esta experiência de tantos anos. Nunca ficamos de fora de nenhum desfile ao longo destes anos, o que também nos deixa muito felizes, porque sabemos que conquistamos a confiança para estarmos nesta posição”, destacam.

Foto: Arquivo pessoal

Pelas contas de Rogério e Ronald, das 39 edições de Festa Pomerana, em 25 delas os dois estiveram presentes, ou seja, em grande parte da história do evento, os dois amigos são personagens dela.

“O que é muito bom e que nos dá alegria em continuar é também ter nossa família conosco, participando. Nossos filhos adoram a cultura e seguem com esta amizade e esta parceria. Além disso, a cada ano conhecemos novas pessoas, novos grupos e fazemos mais amizades”, frisam.

Para Rogério e Ronald, a perseverança e o amor pela cultura da sua terra natal são dois fatores determinantes para a continuidade deste compromisso por tantos anos e que também os motivam a continuar pelos anos que ainda virão.

Foto: Arquivo pessoal

“Temos uma história bonita de amizade e nossa permanência na festa é por perseverança nossa, e nossos filhos herdaram este amor e participam conosco. É lindo participar e é muito gostoso, mas também é um compromisso que não pode ser deixado de lado. Sempre tentamos ajudar a fazer melhor e mais, pois mesmo com a nossa pequena contribuição, estaremos fazendo a diferença, ajudando a preservar as tradições, com empenho, responsabilidade e compromisso com o que foi prometido”, pondera Rogério.

“A motivação é gostar, pela amizade, pela experiência, além de ter certeza do profissionalismo da organização, e de receber o convite ainda no ano anterior, confiando em nosso trabalho. Isso nos motiva e nos deixa orgulhosos, de sermos lembrados neste momento, de confiarem no que nós fazemos”, finaliza Ronald.