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26 anos de dedicação à panificação

No Dia Mundial do Panificador, conversamos com Sergio Tiedt, proprietário da Padaria e Confeitaria Royale, que falou sobre os desafios e recompensas da profissão

8 de julho de 2022

Foto: Isadora Brehmer / Jornal de Pomerode

O trabalho como panificador domina a rotina de Sergio Tiedt há 26 anos. O proprietário da Padaria e Confeitaria Royale iniciou sua jornada no ramo quando percebeu que havia uma oportunidade de negócio, pela necessidade do bairro de ter uma panificadora.

“Eu trabalhava no ramo da mineração, mas pela necessidade de uma panificadora aqui, decidimos aceitar este desafio. Para mim foi uma experiência diferente, mas não deixou de ser uma gestão de negócio, pois este é o trabalho do panificador, gerenciar uma empresa que trabalha como panificadora”, relata Tiedt.

A Royale começou como uma padaria pequena, segundo Tiedt, produzindo um tipo de pão e quatro tipos de cuca. Houve a fase de adaptação e as dificuldades, que todo negócio acaba enfrentando, surgiram, mas foram superadas com trabalho e capricho em tudo o que era feito na empresa.

“Logo que abrimos a padaria, contratamos profissionais qualificados, pois é com eles que fazemos tudo acontecer e, inclusive, o primeiro padeiro contratado aqui está conosco até hoje. Eu fiquei com a gestão do negócio, aprendendo como tudo funciona, mas contando com mão de obra especializada. O serviço do panificador é manter o negócio funcionando, cuidar da gestão”, frisa o proprietário da Royale.

O panificador destaca que, conforme os anos foram passando, novos desafios começaram a surgir e afirma que o negócio precisa estar preparado para se atualizar e continuar atendendo ao que os clientes pedem.

“Cada vez mais as pessoas dependem da gente. Por exemplo, quando começamos, ainda era comum o hábito de se fazer pão em casa. Para nós, foi um desafio, porque precisamos criar produtos diferentes daqueles que eram feitos em casa. A realidade, hoje, é diferente, pois muitos já preferem comprar o pão, além das famílias menores, em cada casa”, comenta.
Um outro desafio no ramo, segundo Tiedt, é a necessidade constante de inovação, para que os clientes sejam sempre surpreendidos com o que o estabelecimento tem a oferecer. “Se quero atender a mais pessoas, preciso ampliar o meu leque de opções e estar preparado para tudo. Por exemplo, os clientes querem ser atendidos por WhatsApp, há uma pessoa específica para isso. Outro exemplo é quanto aos bolos. Hoje é comum uma pessoa vir até a gente com uma ideia de bolo, da forma que ela quer. Tudo ficou muito dinâmico. É desafiador, cansativo, algumas vezes, mas muito gratificante. Começaria tudo de novo, se voltasse 26 anos, e acho que não mudaria em nada esta história”, destaca Tiedt.

O proprietário da panificadora também enaltece que o melhor é sempre conseguir satisfazer o cliente. Tiedt comenta sobre um episódio durante um Dia das Mães, data comemorativa de mais demanda para a panificadora, na qual, ao fim do expediente, a equipe começou a pontuar algumas coisas que não funcionaram com o atendimento.

“E eu disse, pessoal, estamos apenas engrandecendo o que deu errado e estamos esquecendo a maioria, que foi o que deu certo. Não é que não temos que tomar o que não deu certo como exemplo, para melhorar, mas para melhorar o nosso dia, devemos pensar no que conseguimos fazer bem, em quantas mães conseguimos deixar com um sorriso no rosto. E isso é o mais gratificante e nós, gestores, os panificadores, temos que tomar cuidado para valorizar isso. A realização de atender bem, satisfazer, fazer as coisas certas, isso é nossa maior recompensa”, finaliza.

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