O sonho realizado de estudar e se formar no exterior

Em mais uma matéria da série Pomerodenses pelo Mundo, nesta edição, vamos falar de uma ex-moradora da região do Ribeirão Souto, que, mesmo não sendo natural da cidade, se considera como uma pomerodense de coração.
Stella Oliveira, de 28 anos, atualmente mora na cidade de Lodi, na Califórnia e se formou em geologia, no ano de 2020, pela California State University Stanislau.

Há cerca de oito anos, em terras norte-americanas, Stella conta que tudo começou no ensino médio, quando estudava na Escola Técnica do Vale do Itajaí, Etevi. Em Pomerode, ela estudou na Escola Olavo Bilac, no Ensino Fundamental.

Quando estava na Etevi, Stella sempre teve o desejo de cursar uma faculdade fora do país, em especial, nos Estados Unidos. Durante os anos, que ainda estava no segundo e terceiro anos do Ensino Médio, a jovem sempre estudou para tentar ser chamada por uma universidade americana. E, em 2015, um ano após se formar no “Terceirão”, recebeu o convite e, logo após, aprovação para ingressar na unidade de ensino americana.

“Depois que recebi essa notícia maravilhosa, foi a hora de convencer meus pais. Não foi uma tarefa difícil, pois, já que eu estava aprovada, todo mundo resolveu ‘mergulhar de cabeça’ na nova experiência. Para meu pai, até que foi tranquilo, já que, por trabalhar em uma multinacional, ele conseguiu transferência para a Califórnia. E, aos poucos, fomos nos adaptando e encaixando nossas rotinas, por aqui”, conta.

Em um primeiro momento, Stella e a família se mudaram para a cidade de Merced, na Califórnia. Atualmente, vive em Lodi, também no estado californiano. A cidade fica aproximadamente uma hora e meia de São Francisco.
A ex-moradora de Pomerode conta que, no começo da mudança, houveram dificuldades na adaptação, principalmente pela diferença de tamanho da cidade.

“Lembro que eu e minha família mudamos de Pomerode há oito anos. Sair de Pomerode e ir para qualquer cidade grande já é um choque. Mas sair de Pomerode para um outro país é uma coisa que só loucos, como nós, fazemos (risos). Foi bem difícil no começo, mas ao mesmo tempo nos descobrimos tantas coisas novas. Mas ter meus pais e minha irmã comigo definitivamente ajudou com a transição. O que ajudou também foi achar mercados com ingredientes familiares para fazer aquela comidinha brasileira de vez em quando para matar a saudade”, ressalta.

Stella e o marido, Brian, a quem conheceu nos Estados Unidos. (Foto: Arquivo pessoal)

A rotina de Stella, nos dias de hoje, é de trabalho em uma empresa chamada Soils Technician, que realiza consultorias de solo de futuras construções, fazendo testes geológicos. O dia começa por volta das 5h30min, 6h30min e sua carga horária segue até às 15h30min.

“Eles tem um horário flexível de trabalho. Então, por escolha, começo mais cedo mesmo, pois gosto. Depois que saio, volto para casa e aproveito o resto do dia com a minha pequena família, ou seja, o Brian, meu marido, e o gato”, explica Stella.

No ano de 2020, Stella se casou com Brian, que é um norte-americano. E, logo após o casamento, veio a hora de assinar o “Green Card”, um visto permanente de imigração concedido pelas autoridades norte-americanas. Ela conta que são necessários vários documentos e o tempo de resposta sobre a aprovação ou não, normalmente é grande. Em seu caso, o Green Card foi aprovado, mas levou cerca de um ano para receber a resposta.

Agora, com a garantia permanente de que pode viver nos Estados Unidos, Stella já faz planos para o futuro.

“Para o futuro, eu quero viajar. Não sei se eu voltaria para o Brasil, mas não vou dizer que nunca. Gostaria de levar o Brian para ter essa experiência de viver no nosso país. Só que, isto não é pensado para agora, quem sabe mais para frente. Estamos pensando agora, explorar mais os Estados Unidos e continuar aproveitando a vida, por aqui”, finaliza.

Foto: Arquivo pessoal