Meio Ambiente

Estiagem liga o sinal de alerta em Pomerode

Em entrevista, presidente do Samae fala sobre os impactos da seca que atinge nossa região

27 de maio de 2020

O tempo seco, somado com dias ensolarados e com pouquíssimos períodos de chuva está afetando os rios de todo estado e também da nossa região. E, em Pomerode não está sendo diferente, porém, a situação ainda não é muito crítica, e o sinal de alerta já pode ser ligado, em virtude dos baixos níveis dos rios que cortam a nossa cidade.

Ricardo Campestrini, presidente do Samae, conversou com a nossa equipe para falar sobre a situação atual dos rios, em Pomerode. Em relação à captação de água, a ETA I, que abastece cerca de 40% do município, desde uma parte do Centro, até a divisa com Blumenau, em Testo Central, já apresenta números diferentes, já que, em sua normalidade, capta a água do Ribeirão do Salto, em uma média de 12 litros por segundo e agora, neste momento de estiagem, a média está em três litros por segundo. A ETA I também faz a captação da água do Ribeirão Clara.

“Quem conhece o Ribeirão do Salto, consegue notar muito bem que o nível do rio não está normal, que está muito baixo. Enquanto nós tivermos a nossa pequena barragem, conseguimos fazer a captação de uma forma ‘segura’, porém, podemos observar que há pouca quantidade de água passando por cima dela”, relata Campestrini.

Em comparação com outras cidades vizinhas e também do Estado, Campestrini comenta que a situação de Pomerode é bem menos crítica do que outros municípios, que estão tendo que fazer até rodízio de água, a fim de economizar a mesma.

“Se a gente se comparar com outras cidades, onde a estiagem já pode ser considerada como uma seca, podemos dizer que estamos no ‘sinal amarelo’, de atenção. Temos um plano de contingência que é preparado para uma situação de emergência”, explica.

O presidente do Samae também comentou que os caminhões pipa tiveram que reabastecer algumas residências onde os moradores captavam a água de ribeirões e riachos que passam entre algumas casas.

“Temos muitas famílias de Pomerode que moram, principalmente nas regiões mais altas da cidade, que é muito comum ver essas pessoas usarem água de nascentes, do poço, de uma ponteira. Mas, já tivemos que abastecer algumas residências, com o caminhão-pipa, pois a água que tinha nesses poços ou nascentes acabou por conta da seca. A gente até escuta desses moradores que essa água que eles são acostumados a captar, é usada desde a época dos seus avós e que é a primeira vez que eles relatam que não tem mais água nesses locais. Isso traz muita preocupação”, ressalta.

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