Conheça o Projeto Gibiteca, de Pomerode premiado no Prêmio Vale Europeu de Boas Práticas Literárias

A atendente de biblioteca Steffanie Carvalho de Andrade Jung, da EEBM Profª Noemi V. C. Schroerder, recebeu da Associação dos Municípios do Vale Europeu (AMVE) e do Consórcio Intermunicipal do Médio Vale do Itajaí (CIMVI) uma premiação inédita no Vale, que visa valorizar as práticas de incentivo à Leitura e Literatura.

O Projeto Gibiteca – Revitalizando a Biblioteca Escolar conquistou o 2º lugar no Prêmio Vale Europeu de Boas Práticas Literárias, na categoria Bibliotecas.

O concurso foi promovido pelo Consórcio Intermunicipal do Médio Vale do Itajaí – CIMVI em parceria com a Associação de Municípios do Vale Europeu – Amve, e teve o intuito de reconhecer os talentos nas áreas do Livro, Leitura e Literatura praticados em escolas públicas municipais e bibliotecas dos municípios do Vale Europeu.

Dividido em cinco categorias específicas, foram reconhecidos projetos nas áreas de Educação Infantil; Séries Iniciais; Séries Finais; Bibliotecas e Projetos Comunitários.

O prêmio contou com a inscrição de 21 projetos, procedentes dos municípios de Apiúna, Ascurra, Benedito Novo, Blumenau, Botuverá, Brusque, Doutor Pedrinho, Gaspar, Guabiruba, Indaial, Pomerode, Rio dos Cedros, Rodeio e Timbó. Vale destacar que não houve inscritos na categoria Projetos Comunitários.

Segundo Steffanie, o objetivo do projeto foi criar a Gibiteca, um local na escola que impulsiona a leitura, expande horizontes e promove a compreensão textual e a análise crítica.

Atendente de biblioteca Steffanie Carvalho de Andrade Jung, da EEBM Profª Noemi V. C. Schroerder. (Foto: Isadora Brehmer / JP)

Com um acervo diversificado de gibis, quadrinhos e mangás, ela conecta os alunos a diferentes culturas, fortalecendo a diversidade e se tornando um ponto de encontro e aprendizagem. Estudos mostram que bibliotecas bem equipadas impactam positivamente o ensino, refletindo em melhores indicadores educacionais. Durante o projeto, a frequência dos alunos na biblioteca aumentou mais de 30%, e os leitores passaram de simples apreciadores para analistas críticos.

“Houve um crescente interesse pelos gibis, estimulado por mediações que destacaram histórias e personagens. Esse espaço não apenas promoveu a leitura de quadrinhos, mas também abriu portas para outros tipos de leitura, criando um apego emocional ao ambiente escolar dedicado à leitura. Alunos mais novos passaram a cuidar melhor das HQs e livros emprestados, o ‘Batmóvel’ se tornou popular durante os intervalos com a Pausa para a Leitura, incentivando breves leituras e compartilhamento de experiências entre as crianças, aumentando o interesse dos alunos pelos gibis em exposição”, conta Steffanie.

A atendente de biblioteca também relata que os resultados foram ótimos e os alunos continuam procurando muito os gibis. “Os alunos do 1º e 2º ano, que recém aprenderam a ler já estão pegando gibis para lerem sozinhos e procurando exemplares cada vez maiores. O Projeto Gibiteca fez com que os alunos criassem um vínculo ainda maior com a biblioteca e, assim, incentivamos ainda mais a leitura, dando uma nova cara para a biblioteca. E a gibiteca é um local de movimento, cultura, por meio das histórias em quadrinhos, pois as crianças se identificam com os personagens, o que faz com que elas utilizem esta identificação e convertam para a leitura, para que o hábito da leitura cresça cada vez mais”, enaltece.

O projeto ainda está sendo desenvolvido e já foi apresentado também no início desse ano no I Seminário da Rede Municipal de Educação de Pomerode. Há diversas etapas que serão concluídas em 2024, após a reforma da unidade escolar. Os alunos estão aguardando ansiosos as mudanças e novidades na biblioteca Noemi Schroeder.

Foto: Divulgação

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