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Doenças dermatológicas: quais as mais comuns e como preveni-las

Médica veterinária especialista em dermatologia enumera quais os cuidados para prevenir estas doenças e quais as mais comuns.

28 de outubro de 2023

Foto: Envato Elements

Se você possui um pet em casa, já parou para reparar com que frequência ele se coça? Pode parecer algo inofensivo, haja visto que todos os animais se coçam esporadicamente, mas quando a coceira se torna muito frequente, é preciso ligar o sinal de alerta, pois o seu bichinho pode estar com algum problema dermatológico.

A médica veterinária especialista em dermatologia animal, Gabriela Gadotti, explica que a coceira se torna um problema a ser investigado em algumas situações às quais o tutor precisa estar atento.

“Pode ser que haja um problema quando o animal para de comer ou brincar para se coçar, ou quando se coça muitas vezes ao dia, lambe muito as patas, tem problemas de ouvido recorrentes, perde pelo em excesso ou passa mais de 80% do tempo dele se coçando”, enumera a especialista.

Quando o tutor nota algum destes sinais, de coceira em excesso, é possível que o pet tenha alguma doença alérgica, endócrina ou parasitária. Segundo Gabriela, existem algumas doenças de pele, que causam a coceira e são mais comuns em cães e gatos. “As doenças de pele mais comuns em cães são as de origem alérgica (alergia ambiental, alergia alimentar e alergia a picada de pulga). Já em gatos observamos um índice maior de doenças de pele fúngicas e parasitárias, mas também temos alto casos de gatos alérgicos”, comenta.

Além da coceira em si, é importante destacar que existem outros sintomas de que há uma doença dermatológica prejudicando o seu pet e, nestes casos, é necessário buscar atendimento veterinário.

“Os sinais presentes em problemas dermatológicos não ficam apenas restritos a coceira, podemos citar a perda de pelos, odor forte da pele, aumento da espessura de pele, vermelhidão, otites recorrentes, lambedura de pata, secreção ocular, falhas de pelo, entre outros”, esclarece Gabriela.

 

Prevenção

A melhor forma de evitar sofrimento e submeter o seu pet a um tratamento é por meio da prevenção. Gabriela explica que existem algumas doenças de origem genética, para as quais não existe uma prevenção específica.

“Mas outras podemos prevenir com o uso de antiparasitário correto (antipulgas), banhos com shampoo canino adequado e frequência correta, alimentação de boa procedência, consultas de check-up com o veterinário. Eu ressalto que o uso do remédio antipulga é muito importante! Você sabia que apenas 5% das pulgas estão no animal e 95% no ambiente? Por isso é muito importante que o tutor faça o controle do ambiente também, e seu animal não precisa ter a pulga para ser picado, a pulga pode subir, picar e ir embora. Isso pode causar coceira, irritação além de transmitir doenças”, finaliza a especialista.

 

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