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Um tempo dedicado aos bonsais

Pomerodense cria bonsais no quintal de casa e fala sobre o seu hobby

27 de fevereiro de 2022

Foto: Raphael Carrasco / Jornal de Pomerode

Um estilo de jardinagem milenar. Um pomerodense dedica parte do seu tempo aos bonsais, conhecida também como as “árvores em bandeja”. Em sua residência há vários bonsais, de diferentes tipos, espalhados pelo jardim e o hobby acabou se transformando em uma paixão pelo cultivo das plantas.

Amaro Sievert Júnior é técnico em eletrônica industrial, mas consegue separar bem um tempo na sua rotina, para cuidar com muito carinho dos bonsais da casa. Ele conta que conheceu um pouco mais deste tipo de árvore através do filme Karatê-Kid, lançado em meados dos anos 80. Quando assistiu ao longa-metragem, no Brasil, ainda não havia muitas informações sobre o cultivo de Bonsais e suas técnicas para que fiquem da maneira certa, nos vasos.

“Eu comecei a fazer karatê, também. Inclusive, hoje sou faixa preta na arte marcial. E, esse contato com a cultura oriental me fez procurar saber mais sobre os bonsais. E, cerca de nove, 10 anos atrás, passei a me dedicar ainda mais a cuidar das árvores neste estilo. Comecei a ter contato com pessoas que já tinham bonsais para pegar mais detalhes sobre. Hoje em dia se tornou um hobby muito legal, que eu amo ter”, comenta.

Entre erros e acertos, os resultados começaram a aparecer. O pomerodense conta que não compra bonsais prontos.

 

Foto: Raphael Carrasco / Jornal de Pomerode

 

Com sementes ou mudas pequenas, recém brotada ou até mesmo com planta bruta antiga que é retirada de um jardim, ele cultiva desde o começo e o processo é longo e cheio de detalhes para que a árvore possa ficar no vaso, de maneira correta. A partir daí, os resultados começam a aparecer a longo prazo, com técnicas que necessitam atenção para que o bonsai fique corretamente no vaso, sem o perigo do mesmo estourar, por conta do crescimento das raízes, que podem comprometer todo o trabalho minucioso.

 

O trabalho de poda também é fundamental. Inicialmente, a árvore vai para uma bacia grande, para que se adapte a um ambiente menor. Tudo isso, dura cerca de mais de um ano, até que seja transferida ao vaso, que é a última etapa do processo.

“Existem várias etapas. São anos de trabalho. Depois disso, sempre é necessário ter cuidado com os bonsais, eles precisam de uma atenção diária. Geralmente, tiro uns minutinhos durante o dia para regá-los e ver se está tudo certo, com as árvores”, relata.

 

Foto: Raphael Carrasco / Jornal de Pomerode

Sievert cultiva diferentes tipos de bonsais, como por exemplo, figueiras, limão, caliandra, ipê, pitanga, quaresmeira, tangerina, primavera e outras que ainda estão no processo de adaptação, antes de irem para o vaso. Ainda, ressalta que não cultiva as árvores pensando em vender e sim por paixão e hobby. Além dos bonsais, o pomerodense também cuida, com muito carinho, das flores que possui em seu jardim.

 

Sobre o bonsai

Bonsai é uma palavra do idioma japonês, e sua tradução quer dizer “árvore em bandeja”. Em outras palavras, é um arbusto ou uma árvore em tamanho reduzido que foi plantado (a) em um recipiente com pouca profundidade.

Ele é produzido a partir de um corte, mudas ou pequenas árvores que tenham potencial para se desenvolverem. Seu cultivo, para que permaneça pequeno, é feito em um processo de confinamento em um vaso com coroa e com a poda de sua raiz.

 

É uma árvore resistente e pode durar anos. Entretanto, exige paciência, amor, técnica e dedicação. Verdadeira obra de arte, o bonsai expressa vários significados para quem o dá de presente ou recebe. Ele quer dizer respeito e a previsão de prosperidade. Ademais, simboliza a paz, a harmonia, o equilíbrio, a paciência, a felicidade e a honra.
De acordo com pesquisadores, é possível que o bonsai tenha se originado da China, em período anterior ao século VIII. Nessa época, o interesse pelas plantas em miniatura também chegou ao Japão.

Nesse país, entretanto, somente ao término do século XVI é que se dá início à técnica de trabalhar a forma das árvores, mas é no século XVIII que ele obteve as suas características atuais.

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