Saúde

Vocação para a Fisioterapia em família

Pai e filha trabalharão juntos no ramo da Fisioterapia e falam sobre o gosto pela profissão

8 de fevereiro de 2025

Foto: Isadora Brehmer / JP

A Fisioterapia está diretamente ligada à saúde física e ao bem-estar de uma pessoa, podendo ser aplicada em diversas áreas mais específicas. E para atuar como fisioterapeuta, lidando com pessoas, é preciso ter vocação.

No caso de Jeferson Luiz de Miranda e sua filha Joana Melo de Miranda, essa vocação se tornou algo de família, já que ele atua como fisioterapeuta há mais de 30 anos e Joana iniciará sua trajetória profissional na área em breve.

“Inicialmente, eu me formei em Educação Física, em 1986 e depois, fui fazer Fisioterapia. Havia afinidade entre estas áreas, pois como eu era atleta e às vezes sofria com as lesões, ia para os tratamentos e via como o trabalho era bem feito, o que chamou a minha atenção. Então, em 1991 me formei em Fisioterapia, em uma faculdade de Joinville e, no ano de 1996 vim para Pomerode. Montamos nossa primeira clínica na Rua dos Atiradores”, relembra Jeferson.

Segundo o fisioterapeuta, nestes primeiros anos, ainda se sabia muito pouco sobre a área. Por isso, era necessário que os profissionais da Fisioterapia precisassem “desbravar” este campo, dialogar com outros profissionais da saúde, mostrar com era o serviço, o que era feito para que, aos poucos, a área ficasse mais conhecida.

“A Fisioterapia é um trabalho, sim, mas é algo que fazemos com amor, porque gostamos de poder oferecer este atendimento tão importante”, destaca Jeferson.

Com o tempo, o amor pela profissão foi despertado também na filha mais nova de Jeferson, Joana, que decidiu seguir os passos dele e também se tornar fisioterapeuta, apesar de ter ficado em dúvida sobre o que fazer no futuro, como é o caso de muitos jovens.

“Na verdade, quando estava chegando o momento de fazer a inscrição para o vestibular, eu ainda não tinha certeza sobre o que fazer, estava um pouco confusa. Eu acho até que foi surpreendente para o meu pai, também, quando eu disse que queria fazer Fisioterapia, mas para mim foi uma escolha bem fácil na hora, porque desde pequena eu ficava na clínica com o pai, então eu sempre o acompanhei atendendo, sempre vi a rotina que ele tinha”, relata Joana.

O pai declara que o sentimento foi de felicidade ao saber que Joana também seguiria a carreira na Fisioterapia. “Nós realmente não estávamos esperando. Eu e minha esposa sempre deixamos claro que elas poderiam seguir a carreira que elas quisessem, pois sempre iríamos apoiar. Por exemplo, minha filha mais velha, Luiza, é engenheira. Quando a Joana nos contou que queria fazer Fisioterapia na faculdade, nós ficamos muito contentes. No que pudermos ajuda-la nesse tempo que é o começo de carreira, vamos ajudar”, enaltece Jeferson.

“Eu já sabia que queria seguir em alguma carreira dentro da área da saúde, mas acredito que foi um incentivo a mais e uma inspiração vê-lo atendendo, trabalhando com pessoas”, completa Joana.

Foto: Arquivo pessoal

 

A jovem revela que ter tido contato com a rotina de trabalho do pai ajudou a ter certa noção do que deveria aprender na faculdade, mas que estar no curso também trouxe uma nova perspectiva sobre o quão ampla é esta área.

“Durante a faculdade, eu trabalhei como secretária na clínica do meu pai, por meio período, já que estudava de manhã e, à tarde, ia trabalhar. Ter um pouquinho dessa experiência, também durante a faculdade, me facilitou bem mais na hora de fazer estágio, por exemplo, pois já tinha certo conhecimento”, comenta.

Jeferson também reforça que o curso superior oferece as chances para que os alunos conheçam um pouco dos diferentes ramos da Fisioterapia, como a clínica, a estética e a esportiva, por exemplo.

Para Joana, agora que concluiu sua formação, o plano inicial é atuar na clínica da família, para ter a chance de adquirir experiência profissional.

“Meu pai é um grande professor para mim. Acho que trabalhar nesse início com ele vai ser bem importante para mim como profissional. Mas também penso que não pretendo seguir a mesma área. Eu gosto muito da fisioterapia pélvica, então eu quero trabalhar com isso futuramente. Mas, no início, eu realmente quero ficar na clínica com meu pai, trabalhando e pegando a experiência com ele”, revela.

Pai e filha também afirmam que a relação entre eles, trabalhando juntos é tranquila pois, segundo Joana, os dois sempre se deram muito bem, já no período em que ela atuou como secretária no local.

“Como fazemos atendimentos mais individualizados, cada um tem o seu paciente. Claro que, em alguns casos, vai haver debates sobre a melhor forma de atender aquele paciente, qual é o melhor tratamento. Mas eu acho que vai ser bem legal, porque já vimos que a formação da FURB é bem boa. Eu acredito que agora, no começo, ela vai se dar bem, vai conseguir atender com excelência, e estaremos lá para dar suporte”, frisa Jeferson.

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