Saúde

Vigilância Epidemiológica emite alerta à comunidade após aparecimento de caramujo africano em Indaial

Espécie é um sério risco à saúde pública, pois é responsável pela transmissão de doenças aos humanos; entenda

9 de dezembro de 2024

Foto: Divulgação

A Vigilância Epidemiológica de Indaial emitiu um alerta à população, destacando a necessidade de adotar medidas para prevenir a proliferação do caramujo africano, uma espécie invasora que pode transmitir doenças aos seres humanos. O caramujo africano pode ser identificado pela borda cortante e afiada de sua concha.

O controle dessa espécie exige a coleta constante ao longo do ano, sem interrupções, pois ela tem alta taxa de reprodução e permanece ativa, inclusive no inverno, em regiões úmidas. Os melhores horários para a coleta são de manhã ou no final da tarde, sempre utilizando luvas de borracha ou outro material similar para garantir a segurança.

A Vigilância Epidemiológica orienta sobre a forma adequada de descartar os moluscos, que devem ser colocados no lixo domiciliar. O procedimento para o descarte é o seguinte:

  • Diluir 1 colher de sopa de hipoclorito de sódio (água sanitária) em 1 litro de água, em um balde;
  • Coletar os caramujos africanos e colocá-los em uma sacola perfurada, fechando-a na extremidade;
  • Deixar a sacola na água por 24 horas;
  • Após esse tempo, retirar a água e transferir os caramujos para outra sacola, descartando-a no lixo doméstico;
  • A água utilizada deve ser descartada na rede de esgoto sanitário.

Foto: Divulgação

Caso não seja possível o descarte em lixo domiciliar, os caramujos podem ser enterrados em valas com pelo menos 80 cm de profundidade, afastadas de cisternas, poços artesianos ou fontes de lençol freático.

Em situações em que uma grande quantidade de caramujos for coletada, é recomendável adicionar cal virgem à vala para evitar a atração de outros animais, além de cobrir a vala com terra depois do procedimento. Após a coleta, é essencial retirar as luvas e lavar bem as mãos. Essa operação deve ser repetida sempre que novos caramujos forem encontrados.

O caramujo africano é um sério risco à saúde pública, pois é responsável pela transmissão do nematódeo Angiostrongylus cantonensis, causador da meningite eosinofílica em humanos. Essa doença provoca inflamação das meninges, resultando em sintomas como fortes dores de cabeça, rigidez no pescoço, náuseas, vômitos e febre.

Além disso, estudos realizados pelo governo do Paraná indicam que o caramujo também pode ser transmissor de outro nematódeo, o Angiostrongylus costaricensis, responsável pela angiostrongilíase abdominal.

Notícias relacionadas