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VÍDEO – Um reencontro desenhado pelo destino: depois de 3 semanas, pomerodense reencontra calopsita de estimação

Kiko, a calopsita de Arno Hardt, fugiu de sua casa e foi reencontrado por acaso em uma agropecuária, vários dias depois

31 de outubro de 2024

Arno com a esposa, Íris, e a calopsita Kiko, companhia constante de ambos. (Foto: Isadora Brehmer / JP)

Uma história que parece de filme. O reencontro do aposentado Arno Hardt com a sua calopsita de estimação, chamada Kiko, que havia fugido justamente na Sexta-Feira 13, ocorreu de uma maneira inusitada, mas repleta de emoção.

Tudo começou na manhã daquela sexta-feira, quando Arno iria alimentar o Kiko. No momento em que Arno abriu a gaiola, Kiko simplesmente fugiu. “Normalmente eu abro a gaiola e ele vem no ombro, então vamos juntos para dentro de casa. Mas naquele dia, ele fugiu”, revela Arno.

Arno e a esposa, Íris, começaram a procurar ao redor da casa e depois ligaram para o restante da família, para continuarem as buscas.

“Procuramos na rua da casa, na rodovia do outro lado do rio, pois pensamos que ele poderia ter atravessado para o outro lado e até chegamos a ouvir o Kiko, com meu pai chamando por ele, mas depois não ouvimos mais. Pegamos o carro e continuamos procurando, inclusive pedindo a um primo meu, que trabalha na Brych Motos, para que ficassem de olho, caso vissem algo. Deixamos avisado nas casas próximas, caso ele aparecesse, mas nada dele. Continuamos à tarde e no restante do dia, mas nenhum sinal dele. Naquela noite, houve um temporal muito forte e até chegamos a procurar no dia seguinte, mas como houve ventos muito fortes, pensamos que o pior tinha acontecido, já que o Kiko era acostumado a ficar somente dentro de casa”, conta a filha de Arno e Íris, Lucimeri Flohr.

Foi feita uma publicação no Facebook, para que a comunidade pudesse ajudar caso visse Kiko, mas nada de o bichinho aparecer. Cerca de três semanas se passaram até que o reencontro Arno foi até uma agropecuária em Pomerode, para comprar uma peça, quando escutou um som idêntico ao que Kiko fazia, em casa.

A ave ficou agitada, logo reconhecendo o dono. “Eu escutei o som que ele fazia e perguntei para os funcionários se tinham calopsitas para vender. Eles responderam que sim e comentaram que havia uma bem mansa entre elas. Como eu reconheci o som, pedi para ver a calopsita que estava lá. Quando eu cheguei perto ele já se agitou, mas não veio até mim, porque estava assustado, mas eu tinha praticamente certeza que era o Kiko, pois se agitava e respondia quando eu chamava. Fui para casa, falei com a minha esposa, e ela voltou comigo à agropecuária. Quando chegamos, a Íris também chamou o Kiko e ele reagiu ao comando, então sabíamos que tínhamos encontrado”, revela Arno.

Conversando com a equipe da agropecuária, o casal descobriu que Kiko havia sido encontrado por uma pessoa perto da rodovia, mas como não podia ficar com ele por ter um gato no apartamento em que morava, decidiu vender a calopsita. Quem a comprou também não conseguiu ficar com ela, e revendeu à agropecuária, tornando possível o final feliz.

“Eu até chorei de alegria, sendo sincero, porque o Kiko é como se fosse alguém da família. Admito que não tínhamos mais tanta esperança, depois de três semanas, praticamente, mas Deus nos mostrou que vale a pena ter esperança e foi uma emoção muito grande”, destaca Arno.

 

Lucimeri comenta, ainda, que o reencontro pode ser considerado uma obra do destino. “Cerca de duas semanas antes, minha irmã sonhou que o Kiko voltava. Minha filha teve um sonho parecido, duas ou três noites antes, então a esperança começou a voltar. E realmente, estes sonhos se tornaram realidade”.

A emoção é justificada pelo fato de Kiko já ser parte da família. A calopsita foi um presente de aniversário da família dado a Arno há seis anos e, hoje, Kiko é como se fosse um membro da família.

“Sempre tivemos dificuldade em dar presentes para quem já tem tudo, como meu pai. Na época, eles tinham apenas um gato, então meu marido sugeriu presentarmos ele com uma calopsita. Encontramos uma pessoa que vendia, mas só poderíamos pegar uma delas no mês seguinte ao aniversário. Então compramos a gaiola e entregamos de presente, deixando para fazer uma surpresa no mês seguinte. No dia 09 de agosto, um mês depois do aniversário, chegamos com o Kiko”, conta Lucimeri.

Foto: Isadora Brehmer / JP

 

Desde então, Kiko se tornou uma companhia quase inseparável de Arno. Quando ele está no interior da casa, Kiko está junto, em seu ombro, sua barriga, fazendo companhia inclusive durante as refeições. “Quando eu fiquei no hospital após fazer uma cirurgia do coração, chegamos a fazer chamadas em vídeo para que ele escutasse a minha voz e eu pudesse vê-lo. Para mim, ele é minha família, também”, finaliza Arno.

Foto: Isadora Brehmer / JP

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