Vídeo: Família pomerodense comemora o título da Argentina
Integrantes da família Bos assistiram, juntos, ao jogo final, contra a França.
Foto: Bob Gonçalves / Jornal de Pomerode
Um título mundial é sempre algo a se comemorar muito. Infelizmente, mais uma vez, os brasileiros precisaram adiar o sonho do hexa para 2026. No entanto, nossos vizinhos puderam provar, pela terceira vez, o gostinho de levantar a Copa do Mundo.
E se a maioria do povo do nosso país está triste pelo títulos dos nossos hermanos, por aqui, teve gente comemorando. Trata-se da família Bos, cujos integrantes, em sua maioria, são naturais da região de Misiones, na Argentina. E apesar da grande identificação com nosso país, não puderam deixar de torcer por Messi e cia., na final contra a França, realizada neste domingo, 18 de dezembro.
Para o empresário Luiz Bos, o time mostrou muita raça no jogo decisivo, mesmo tomando gols nos últimos minutos, tanto no tempo normal, quanto na prorrogação.
“Era único título que faltava para essa geração e, principalmente, para o Messi. Agora, ele pode se despedir das Copas com este caneco e com o sentimento de dever cumprido. Foi emocionante e sem palavras, afinal, foram muitos anos ‘batendo na trave’. Inclusive, eu não era nascido quando a Argentina foi campeã pela última vez, então, este título vai ficar marcado, para mim e para minha família”.
Apesar da alegria do título, os argentinos tiveram que aguentar algumas “zoações” por parte dos brasileiros, uma vez que o início da Copa do Mundo não foi muito favorável a eles.
“Naquela derrota para a Arábia Saudita, muitos já achavam que a Argentina estaria fora da Copa. Inclusive, alguns amigos nossos nos deram muitas ‘cutucadas’. Mas conseguimos dar a volta por cima e vencer, numa final emocionante. Quero agradecer ao Dibu Martinez (goleiro), por ter salvo a gente no fim da prorrogação e por ter pego um pênalti”, comenta Luiz. “Uma pena não ter visto uma semifinal entre Brasil e Argentina. Seria épico. Quem sabe isso não aconteça em 2026”, acrescenta.
Para Cláudio Bos, o ponto de “virada da chave” da Argentina ocorreu na Copa América de 2021. “Desde lá, o time vem jogando para o Messi, tanto que esta foi a Copa do Messi. Ele jogou muita bola e resgatou aquele espírito argentino que estávamos acostumados”.
O irmão de Luiz e Cláudio concorda. “O craque da Copa, sem dúvidas, foi o Messi. O Di María fez uma grande final, mas o Lionel é o diferencial desse time. Com muita luta e humildade, puxou a responsabilidade para si e deu este título para o povo argentino”, destaca Daniel Bos.
Veja o momento do pênalti decisivo:
Imagens: Bob Gonçalves / Jornal de Pomerode
Argentina campeã
Neste domingo, Argentina ergueu a taça do mundo pela terceira vez em sua história, após os títulos de 1978, em casa, e de 1986, no México.
Na final, diante dos então campeões Mundiais, o time de Messi começou arrasador e fez logo 2 a 0, no primeiro tempo, com o próprio Messi (de pênalti) e com Di María. Só que na segunda etapa, os franceses voltaram com outra postura e precisaram de apenas três minutos para empatar a partida, que se encaminhava para o fim. Mbappé fez os gols (um de pênalti) que reascenderam a esperança dos Bleus.
Na prorrogação, a argentina conseguiu marcar mais um, aos três minutos da etapa complementar, novamente com Messi. E quando todos pensavam que o jogo estava definido, uma nova penalidade em favor da França colocou uma nova igualdade no placar, novamente com Mbappé, o artilheiro do Mundial, com oito gols.
Com isso, pela terceira vez na história, a Copa do Mundo seria definida nas penalidades máximas. Mbappé e Messi abriram a série convertendo as respectivas cobranças. Logo após, Martínez defendeu o chute de Coman e Dybala colocou os argentinos à frente.
Na sequência, Tchouaméni mandou para fora e Paredes aumentou a vantagem dos hermanos. Na quarta rodada, Kolo Muani soltou a bomba no meio do gol, para manter os europeus vivos, mas coube a Montiel deslocar Lloris fazer o gol do título da Argentina.
Protagonista do título, Lionel Messi foi eleito o craque do torneio e recebeu a Bola de Ouro, superando o também atacante Kylian Mbappé, da França (Bola de Prata) e o meia croata Luka Modric (Bola de Bronze).