Uma oportunidade de agregar ainda mais aos estudos

Gabaritar uma prova de olímpiada é uma conquista para se guardar na memória, para sempre.

O estudante pomerodense, de 16 anos, Ricardo Moreno Krueger, acertou todas as 20 questões que estavam na prova, da 25ª edição da Olímpiada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Em razão do resultado alcançado, ele foi convidado para participar da 28ª Jornada Espacial, em São José dos Campos (SP), no período de 13 a 19 de novembro. Além do estudante, a OBA estendeu o convite para um professor do colégio participar do encontro.

Conforme o site da OBA, a Jornada Espacial prevê visitas ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), ao Memorial Aeroespacial Brasileiro (MAB) e ao Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), além de palestras com especialistas em foguetes, satélites, Astronomia e oficinas de foguetes e de astronomia.

O jovem conta que a prova tinha duração de 50 minutos. Neste tempo, acabou dormindo em parte do tempo disponível e faltando cerca de 20, acordou e conseguiu gabaritar todas as questões.

Estudioso desde pequeno, os pais do garoto, Julio Ricardo Krueger e Luciane Krueger, contam que o filho sempre teve iniciativa própria para estudar e buscar coisas novas. Aos cinco anos de idade, já se interessava pela leitura e, principalmente, pelos números e nessa faixa etária iniciou seu processo de alfabetização.

Família orgulha-se da conquista do jovem pomerodense. (Foto: Raphael Carrasco / Jornal de Pomerode)

Agora, no segundo ano do Ensino Médio, o jovem estuda no Colégio Adventista de Blumenau. Em 2022, resolveu participar da OBA, já que teve outras experiências com a Olímpiada Brasileira de Matemática, a OBMEP. A família conta que o jovem sempre se destacou na área de exatas.

“Ele sempre teve muita facilidade com os números. Os professores acabam nem cobrando as tarefas dele, pois ele absorve o conteúdo de uma maneira incrível e as notas dele são sempre altas e acima da média. Desde criança, a gente percebeu que ele gostava de números. Ele nunca gostou muito de livros infantis, ia direto nas enciclopédias e livros de adulto”, relatam os pais.

Ainda, eles contam que, por serem evangélicos, faziam cultos em casa. E, durante as celebrações religiosas, ao abrir as páginas dos hinos, com cerca de dois anos, Ricardo repetia o mesmo gesto dos pais e memorizava o número das páginas.

“Quando ele fez isso pela primeira vez, até achamos que foi coincidência, afinal era uma criança de dois anos de idade. Mas, conforme foi acontecendo outras vezes, ficávamos surpresos com tal habilidade já com dois anos de idade. Das enciclopédias, ele olhava os animais e gostava de repetir os nomes”, comenta.

O jovem comenta que as expectativas para a viagem até o interior de São Paulo são grandes.

“Será um momento muito enriquecedor. Poderei conhecer o ITA, que é uma referência nacional na educação e aprender um pouco mais sobre astronomia e astronáutica. Estou muito ansioso e espero que tudo possa ocorrer da melhor maneira possível.

E, a conquista é motivo de muito orgulho para toda a família.

“Estamos muito orgulhosos dele. Desde pequeno ele sempre foi muito responsável e muito estudioso. Ele começou a aprender a ler antes de entrar na escola, só observando as coisas. O Ricardo sempre se interessou e gosta de aprender sozinho. A escola também está muito orgulhosa e todos estão felizes pelo sucesso dele e também pela conquista”, ressalta.