Uma missão para o futuro

O grande desafio da humanidade até 2050, quando atingiremos nove bilhões de habitantes, é o de dobrar a atual produção de alimentos sem derrubar árvores, mantendo o patrimônio de florestas e recuperando vastas áreas degradadas.

Este desafio, com o avanço da Bioecologia, produzindo espécies vegetais capazes de produzir mais produtos por hectare. Ou seja, só a ciência e a tecnologia poderão determinar esse equilíbrio entre a produção agrícola e a preservação das florestas.

A convite Ministério de Relações Externas da Alemanha lidero um grupo de cientistas e autoridades brasileiras que participa essa semana de um congresso para discutir as estratégias políticas para a Bioeconomia.

Nesse sentido, a troca de informações entre pesquisadores brasileiros e alemães tem tudo para produzir grandes frutos. Por outro lado, o desafio de 2050 nos obriga também a reduzir drasticamente o consumo de energia ou apropriação de novas fontes, como a eólica e solar.

A Alemanha e o Brasil mantêm uma parceria estratégica estreita e partilham de um vasto leque de interesses em comum, como por exemplo, nas áreas de proteção do clima, sustentabilidade, energias renováveis e da eficiência energética. Através da Bioeconomia, o governo federal alemão está traçando o caminho de uma economia baseada em recursos fósseis e de base biológica. E é sobre essas experiências que vamos discutir nesse encontro.

Esse mercado destina-se a oferecer soluções coerentes, eficazes e concretas para os grandes desafios sociais, como a crise econômica, as mudanças climáticas, substituição de recursos fósseis, segurança alimentar e saúde da população.

Essa atividade econômica é dependente de pesquisa em biociências, tecnologias de informação, robótica e materiais. Visa transformar o conhecimento e novas tecnologias em inovação para indústria e sociedade.

Hoje, o Brasil já possui empresas de biotecnologia que concentram seus esforços em inovação. Com incentivos adequados e cooperação, essas empresas serão capazes de ajudar o Brasil e o mundo a gerar novos empregos e o crescimento econômico industrial.

Porém, um dos nossos principais desafios é a mobilização dos diferentes atores setoriais interessados, objetivando a competitividade no cenário econômico e de produção científica nacional e internacional. Vamos buscar informações para progredir e vencer esses desafios, organizando associações e entidades empresariais, a fim de obter um crescimento de representatividade na sociedade.

Luiz Henrique da Silveira – Senador da República