Uma luta em prol de mais aceitação e acolhimento
Grupo TEAmigos de Pomerode é criado e mãe fala sobre necessidade de força na luta em prol do desenvolvimento das crianças e jovens autistas
Anna com seus filhos, Miguel e Maria Eduarda. (Foto: Isadora Brehmer / JP)
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) segundo a definição do Ministério da Saúde, é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.
Em Pomerode, foi criado um grupo voltado ao TEA, chamado TEAmigos de Pomerode. A iniciativa, agora, partiu de Anna Paula Duarte, mãe de dois filhos, diagnosticados com o autismo: Miguel, que tem o suporte 2 e Maria Eduarda, com suporte 1, considerado mais leve.
O contato de Anna com o TEA e tudo o que ele representa começou quando o filho foi diagnosticado com autismo, o que foi um choque, segundo seu relato.
“Após o nascimento do Miguel, ele andou com nove meses, sem ter engatinhado antes. Mas primeiro pensei que era normal, e o tempo foi passando. Uma vez perguntei a um pediatra, que me disse que algumas crianças demoravam mais, mesmo. Mais tempo se passou e ele não falava, além de ter alguns comportamentos diferentes. Até que um dia, uma tia minha, que já trabalhou em uma Apae, me disse que o Miguel poderia ter alguma coisa, mas de início eu não aceitei. Foi quando comecei a perceber que ele estava batendo a cabeça no chão e começaram a acontecer coisas repetitivas”, relembra.
Anna procurou a Apae de Pomerode e a então diretora, Riacarla Rauh, conseguiu uma consulta, na qual veio o diagnóstico que o Miguel era autista. Na época, o menino tinha três anos.
“Eu me perguntei o que era e saí em estado de choque. Depois de alguns dias, decidi procurar uma segunda opinião, que trouxe o mesmo diagnóstico, que ele era autista. Olhei para dentro de mim e repeti a mim mesma que ele precisava de mim, então eu não podia parar”, comenta Anna.
Anna procurou a Apae de Pomerode e a então diretora, Riacarla Rauh, conseguiu uma consulta, na qual veio o diagnóstico que o Miguel era autista. Na época, o menino tinha três anos.
“Eu me perguntei o que era e saí em estado de choque. Depois de alguns dias, decidi procurar uma segunda opinião, que trouxe o mesmo diagnóstico, que ele era autista. Olhei para dentro de mim e repeti a mim mesma que ele precisava de mim, então eu não podia parar”, comenta Anna.
Com o laudo positivo para o TEA, não demorou para Miguel pudesse frequentar as terapias oferecidas na Apae. E quando ele começou, Anna tratou de buscar conhecimento sobre o autismo, algo que até então era uma realidade desconhecida.
“Li, estudei, procurei vídeos de terapias, relatos de mães, e fui tentando aprender o máximo sobre. O médico recomendou que Miguel fosse para a creche, e assim aconteceu, para que ele pudesse socializar. Depois, ele também foi para a Escola Hermann Guenther, onde está estudando até hoje. Inclusive, ele e um amigo, também autista, devem ser os primeiros a se formarem na mesma escola onde sempre estudaram. Na Apae também fomos muito bem acolhidos e as terapias são excepcionais”, destaca.