Especiais

Uma banda formada 100% por mulheres: conheça a Mama Rocks

Conheça a história da “Mama Rocks”, banda de Pomerode que conta apenas com integrantes femininas

24 de fevereiro de 2024

Foto: Raphael Carrasco / JP

Amizades que se transformaram em uma banda de rock formada 100% por mulheres. Foi assim que nasceu a “Mama Rocks”, banda pomerodense que conta apenas com integrantes femininas e que já fez muito sucesso nas apresentações no último ano de 2023.

Tudo começou há cerca de dois anos e, a princípio, era apenas uma brincadeira e lazer por parte das pomerodenses. Porém, nem todo mundo sabia tocar algum instrumento e se deu início a saga de aulas e ensaios para aprender e aperfeiçoar as técnicas musicais. Primeiramente, a banda era formada por Cristina Fausel, guitarra e violão, sua irmã, Gisele Fausel, no baixo e Mariana Flohr, na bateria. Como os ensaios são realizados no estúdio do professor e músico Crisleison Vicente Ramos e ainda não tinham vozes femininas para fechar as integrantes da banda, as músicas eram cantadas pelo proprietário do estúdio musical, que, além de ser o vocalista provisório, também ensinava as meninas a tocaram os instrumentos.

Mas, com o passar do tempo, as integrantes que já faziam parte da banda sentiram a necessidade de chamar alguém para que o conjunto pudesse ser formado 100% por mulheres. Com isso, Mariana chamou Leticcia Pedrini para fazer parte do grupo musical. O convite foi aceito e, a pedidos das demais, Leticcia acabou convidando sua irmã, Juliette Pedrini, para também ser uma das vozes da “Mama Rocks”.

E, depois de todas reunidas, chegou a hora de batizar oficialmente a banda. Após muitas sugestões e ideias, surgiu o nome “Mama Rocks”, uma referência às integrantes que são todas mães. As músicas que fazem parte do setlist são sucessos do rock nacional e internacional, como Capital Inicial, Rita Lee, Pitty, Titãs e outros.

“Isto foi uma novela. Muitas opiniões, sugestões até chegar em um nome. Foram vários dias pensando e nós tínhamos um intervalo curto de tempo, pois tínhamos um convite para fazer a primeira apresentação. E a gente precisava divulgar o nome, pois faltava uma semana para acontecer o evento. Aí, aos ‘45 do segundo tempo’ chegamos à conclusão do ‘Mama Rocks’, pois todos nós somos mães e acho que caiu como uma luva”, contam as integrantes
Nesta primeira apresentação, o convite foi feito por parte do Rotary de Pomerode. O nervosismo e a ansiedade tomaram conta das integrantes, já que o evento ocorreu em junho e apenas em maio, Juliette e Leticcia haviam chegado para compor o conjunto musical. Porém, a apresentação foi um sucesso e logo começaram a aparecer mais convites.

“Podemos dizer que foi uma sensação ‘horrível’ (risos). Estávamos muito ansiosas, estressadas para que tudo pudesse ocorrer bem. Afinal, nem a gente acreditava muito que essa apresentação poderia dar certo, por conta do pouco tempo de ensaio que tivemos com a Lê e com a Ju. Fora que, todas nós, aprendemos do zero a tocar os instrumentos. Isso nos deixava apreensivas demais. Mas, no fim das contas, tudo deu certo!”, relembram.

Fotos: Raphael Carrasco / JP

 

Logo depois, a banda se apresentou em um evento gastronômico, com o público relativamente menor. Mas, a apresentação que mais teve público presente foi durante a Noite Amigos do Hospital, realizada na Wox de Pomerode. Agora, que já fizeram suas primeiras apresentações, a banda segue firme forte nos ensaios e também nas aulas particulares para aperfeiçoarem ainda mais as técnicas. Toda segunda-feira de manhã, elas se reúnem para ensaiarem, no estúdio de Crisleison, no Centro de Pomerode.

“É um momento que a gente se desliga um pouco das nossas rotinas, dos nossos problemas do dia a dia. Nós temos um cotidiano agitado, nossos filhos para cuidar e dar atenção, família, trabalho. E, nos ensaios, nós usamos esse momento como uma forma também de lazer, da gente se divertir, dar risadas e aproveitar bastante”, contam.

E, em relação a banda ser composta 100% por mulheres, a “Mama Rocks” também quer servir de inspiração para que outras possam usar o conjunto musical como um modelo de força feminina.

“A gente fica muito feliz quando pessoas nos procuram e falam que somos inspiração. Muitas mulheres acabam tendo essa insegurança feminina e a gente também quer mostrar que podemos ser capazes sim. Então, iremos continuar fazendo nosso trabalho e esperamos que possamos inspirar muitas mulheres”, conclui.

Notícias relacionadas