Uma atividade prática que envolve a matemática

Uma maneira de aprender a matemática, de uma forma prática. Alunos do 9º ano da Escola Noemi Vieira de Campos Schroeder desenvolveram um “foguete caseiro”, em um trabalho que faz parte das aulas do professor de matemática Roberto Rodrigues Cardoso.

A ideia é mostrar o quanto a matemática está presente em nossas vidas e levar aos alunos uma experiência prática envolvendo a aritmética. O trabalho que chegou na fase final agora, estava sendo desenvolvido há dois meses. Antes de começar a parte prática, foram feitos cálculos de variação de ângulo para entender melhor a síntese de um disparo de um foguete.

Durante o processo, vários testes foram feitos para que o resultado final possa ser alcançado. A ideia inicial é de que o foguete, após lançado, alcance mais de 50 metros. A estrutura, desde o lançador até o foguete é feita com materiais simples: fita isolante, tubo de PVC, garrafa pet e uma “bombinha” de ar. Com a pressão na tubulação, um dispositivo de “partida” é travado e depois que a pressão é o suficiente, este dispositivo é destravado, fazendo o foguete disparar.

Agora, chegando no fim do ano, foram feitos diversos testes. De acordo com o professor, foi necessário testar mais de uma vez para verificar se a estrutura estava montada corretamente e se os cálculos também estão corretos, para que o foguete pudesse voar o mais longe possível.

Os lançamentos foram feitos no estacionamento do Clube de Caça e Tiro Testo Central Alto, em uma área aberta e segura. Os quase 15 alunos participantes da aula também sempre estão acompanhados do professor, que faz a supervisão para que tudo possa ocorrer da melhor maneira possível.

Foto: Raphael Carrasco/ Jornal de Pomerode

Segundo o professor, a atividade também tem como objetivo mostrar aos alunos que a matemática está em nosso dia a dia.

“Esse projeto tem como ideia mostrar para eles que a matemática não está só presente nas salas de aula e, sim, no nosso cotidiano. E, a atividade também tem como objetivo envolver os alunos e instigar essa curiosidade pelas exatas, além de, é claro, trabalharem em grupo”, comenta o professor.

Quando o foguete foi finalmente testado e finalizado, outras turmas puderam acompanhar o lançamento final. No grande dia para os alunos, o lançamento foi um sucesso. O foguete chegou a “voar” cerca de 40 metros, o que trouxe muita alegria aos estudantes, que puderam ver de perto o êxito de dois meses de trabalho.

“A ideia mesmo é mostrar que a escola está fazendo atividades diferentes. Como é a primeira vez que estamos fazendo e vamos mostrando aos poucos e outros alunos puderam ver para que em anos futuros, também possam participar desse projeto bacana”, conclui.

O aluno Paulo André Volkmann fala da experiência em poder ajudar e participar do projeto. Ele, que fará o ensino médio no José Bonifácio, comenta que essa atividade ficará um bom tempo em sua memória.

Foto: Raphael Carrasco / Jornal de Pomerode

“Vai ser bom este trabalho. Posso levar para outras escolas, falar a experiência para outras pessoas e ter também a sensação de poder ter lançado um foguete. Com certeza, vai ser um projeto que vou guardar com muito carinho, na memória”, finaliza.

A diretora da escola Elisângela Souza Saiber da Silva, fala sobre a importância dessas atividades práticas dentro do âmbito escolar, que envolvam os alunos.

“São atividades que possuem o seu grau de importância. Isso fez com que eles entendessem como a matemática funciona na prática, já que no 9º ano, o conteúdo já é mais complexo, afinal estão indo para o ensino médio. A gente via a vontade deles durante todo o projeto, a empolgação em ver o resultado final. Isso é muito importante”, comenta.Por fim, a diretora ressalta que a escola está fazendo outros projetos que vem colhendo frutos.

“A escola teve bastante projetos neste ano. Cinco foram para a Febic e um deles foi destaque, ganhando credencial para ir para duas outras feiras educacionais. E, eu com gestora, incentivo esse tipo de atividade que envolve toda a Noemi Schroeder”, finaliza.