Um transtorno nas noites de sono
Pomerodense que sofre de apneia, usou as redes sociais para abordar o assunto, em modo público.
Uma boa noite de sono é sempre importante para que, no dia seguinte, possamos acordar e ter um bom dia pela frente. Porém, quando o período de repouso noturno foi conturbado, ao despertar já notamos uma diferença no nosso humor e, também, aquela vontade de permanecer na cama por mais um tempo.
Agora, imagina quem sofre de apneia, como acontece com o pomerodense José Luiz Eyng. Ele usou sua rede social para mostrar aos seus seguidores o transtorno que sofre em função desta doença do sono.
Primeiramente, vamos explicar um pouco sobre: a apneia é a parada ou diminuição da respiração durante o sono, isso durante várias vezes durante a noite. Imagine, durante a noite você parar de respirar constantemente. Nos casos mais graves, podem ultrapassar 400 casos por noite de sono. Essa parada na respiração é causada pelo fechamento das vias respiratórias após o relaxamento dos músculos da garganta, língua e do “sininho” ou também conhecido “gogó”.
Eyng descobriu que sofria a doença quando sua esposa percebia comportamentos diferentes durante as noites. “Eu jamais imaginava que tinha algo errado com meu organismo, mas numa conversa com minha esposa, ela confidenciou que estava preocupada com algumas reações que eu apresentava durante o sono. Ela percebia que, muitas vezes, parava de roncar ou até de respirar, isso várias vezes durante a noite. Naquele período, algumas noites despertava durante a madrugada, como se alguém estivesse me sufocando, inclusive, com a garganta toda dolorida”, relata.
Após perceber essas anomalias durante as noites de sono, Eyng procurou tratamento em Pomerode. O médico afirmou a suspeita de apneia e, com isso, foi até Blumenau para fazer exames mais específicos para confirmar o diagnóstico. Constatada a doença, procurou um médico especialista aonde realiza algumas consultas. Como a apneia não possui controle via medicamentos, a opção mais segura é a utilização do aparelho de pressão contínua nas vias aéreas, o CPAP. Mesmo que existam alguns tratamentos cirúrgicos, na maioria dos casos, ela acaba voltando nos primeiros anos. Assim, a forma mais segura para se tratar é via utilização do CPAP e o pomerodense optou pelo o uso do aparelho.
“Mesmo parecendo muito desconfortável dormir com um aparelho do lado, com uma mangueira de oxigênio, o resultado é muito bom. Hoje, tenho a certeza de que estou dormindo, posso, inclusive, confirmar no aparelho o período de sono que tive durante a noite. Nas primeiras noites foi difícil me acostumar, mas, na medida em que as noites foram passando, fui me adaptando. Hoje, nem percebo que utilizo o CPAP, a não ser que acabe a energia. Nestes casos, preciso, obrigatoriamente, ficar acordado, questão de vida ou morte”, explica.
O pomerodense conta que utilizou o Facebook pessoal para compartilhar a experiência com os seus seguidores, a fim de ajudar pessoas que sofrem do mesmo transtorno, mas não sabem se possuem apneia.
“Nas noites em que falta energia, procuro algo para me manter acordado, na última vez, aproveitei para compartilhar com internautas a minha rotina com a apneia. Como se trata de uma doença praticamente imperceptível pelo portador, resolvi auxiliar as pessoas a identificar a doença. A apneia é silenciosa, não apresenta muitos sinais anormais, muitos dos sintomas são corriqueiros, acabam passando despercebidos. Muitos desconhecem a apneia, seus sintomas e os efeitos que ela pode gerar na sua saúde se não tratada corretamente. Senti que precisava ajudar outras pessoas a identificar os sintomas”, finaliza.
Caso você sinta esses sintomas, o mais adequado é procurar um pneumologista, que é especializado em doenças respiratórias.