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Trocando cartões com o mundo todo

Pomerodense é colecionador de cartões postais e já contabiliza mais de 1.000, vindos de diversos países

2 de abril de 2022

Foto: Raphael Carrasco / Jornal de Pomerode

Uma troca cultural a partir de cartões postais. O pomerodense Ivan Falk, divide a sua rotina de trabalho, no dia a dia, com a paixão por cartões postais. Tudo começou há cerca de dois anos, quando encontrou grupos de Facebook e um site específico para a troca de cartões postais, com pessoas do mundo todo.

Porém, a paixão pelo hobby já é algo antigo, já que na adolescência, praticava o radioamadorismo. Naquela época, era comum trocar cartões postais quando se fazia o contato com uma pessoa a longa distância. Mas, o tempo foi passando e as maneiras de se comunicarem se tornaram mais fáceis e ágeis e, com isso, deixou um pouco de lado o radioamadorismo. Há alguns anos, Falk encontrou um site com pessoas do mundo todo que praticam o hobby de colecionar e trocar cartões postais.

Então, ele criou um cadastro neste site, o postcrossing.com, que conta com mais de um milhão de pessoas cadastradas, com um único propósito: receber e enviar os cartões postais. O pomerodense explica que o site passa um endereço aleatório para o envio da lembrança.

“É tipo um sorteio. Quando a gente sabe da pessoa que foi escolhida, temos acesso ao perfil e podemos ver o que ela gosta de receber. Aí, têm pessoas que curtem cartões postais de pontos turísticos, animais, comidas típicas de cada país e outras coisas”, comenta.

A família está sempre incluída nos cartões e no cuidado com a coleção. (Foto: Raphael Carrasco / Jornal de Pomerode)

Falk comenta que conseguiu achar, no que ele acredita ser, um dos últimos cartões postais de Pomerode, na loja de artesanatos do Portal Turístico Sul. Com isso, ele mesmo fez um design parecido e enviou para impressão, na Impressora Mayer, com as características e gramatura exatas de um cartão postal.

“Quando encontrei essa ‘relíquia’, no Portal Sul, resolvi fazer algo parecido, para que pudesse fazer essa troca com o mundo todo. E comecei a utilizar fotografias minhas de lugares que visitei e, também, da nossa cidade. Um que eu adoro, é um desenho, feito a lápis por Ronaldo Fugihara, de uma casa enxaimel. Tirei uma foto do desenho original e transformei em cartão postal. Agora, tenho diversos cartões com os mais diversificados temas, além dos de Pomerode. E sempre procuro, no verso dos cartões, trazer informações sobre os locais, preferencialmente em inglês, para que outros podem entender um pouco mais sobre nosso País, cidade e cultura”, explica Falk.

O pomerodense comenta que, para cada cartão enviado, você recebe um. A média de espera para o recebimento é de 40 a 60 dias. Ou seja, quanto mais cartões você enviar, mais você irá receber. Por conta do fluxo intenso de troca de cartões postais, Falk resolveu abrir uma caixa-postal, nos Correios. Em média, são enviados 50 cartões por mês. A paixão cresceu tanto que até selos personalizados da nossa cidade são fabricados, hoje, pela Casa da Moeda nacional.

Foto: Raphael Carrasco / Jornal de Pomerode

A coleção cresce cada dia mais. Hoje, já são mais de mil cartões que vieram do mundo todo. Tem cartões dos Estados Unidos, França, Alemanha, China, Paquistão, Japão e outros lugares do mundo. Além disso, também já foram enviados mais de mil cartões de Pomerode, para diversos lugares do mundo.

“Isso faz com que nossa cidade fique conhecida, também, ao redor do planeta. Inclusive, esses tempos, fui marcado numa publicação, de uma pessoa lá da Holanda, sobre o Ovo de páscoa gigante da Osterfest. Isso é muito legal, pois a gente consegue ver essa troca cultural nítida e faz com que a cidade se torne conhecida em nível mundial”, relata.

Falk comenta que o hobby passou para toda a família. A esposa Eliandra e as filhas Nicole e Valentina, ajudam o pomerodense a preparar os cartões postais. Inclusive, as pequenas já levaram para a escola exemplares recebidos de outros países com o objetivo de mostrar para a turma e conhecer melhor a cultura de uma outra nação.

“Elas também se envolvem bastante com a atividade. É muito legal, pois se animam com os cartões que chegam do mundo todo. Isso acabou virando já uma rotina da família. E é muito importante ver essa troca de culturas, por meio de cartões postais”, ressalta.

Agora, o próximo passo do pomerodense, é organizar a coleção.

“Ainda não sei como vou separar todos esses cartões. A princípio, irei separar por países ou temas. Irei continuar com isso por muito tempo e guardarei toda essa coleção com muito carinho. Além dos cartões, já coleciono os selos e esses já estão separadinhos e guardados em cadernos e pastas, para não se perderem”, finaliza.

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