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SPC diz que 8 em 10 pessoas consideram as compras virtuais seguras

Preço baixo é o maior responsável pela compra em sites considerados de risco. Os produtos mais adquiridos são roupas
e eletroeletrônicos

31 de agosto de 2015

Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) sobre o consumo virtual indica que o hábito de comprar pela internet é considerado cada vez mais seguro pelos consumidores. Cerca de oito em cada dez internautas (82%) atribuíram notas altas, numa escala de um a cinco, ao serem questionados sobre o grau de segurança no comércio online – percentual que aumenta para 93% entre os consumidores com maior frequência de compras virtuais.

Porém, ainda que o grau de segurança seja considerado alto, os consumidores virtuais demonstram preocupação com seus dados pessoais e com os sites que visitam: 58% disseram evitar cadastrar o cartão de crédito para compras futuras; 54% alegaram só comprar em sites conhecidos ou indicados; 53% realizam a compra em um site que tenha um sistema de pagamento certificado e 45% fazem a compra em sites que não possuem reclamações nas redes sociais ou em portais como o “Reclame Aqui”.

Preço baixo = desconfiança


Também foi verificado na pesquisa que 31% dos consumidores desconfiam de preços muito baixos e de grandes promoções. Três em cada dez ainda imprimem todos os passos da compra e os e-mails de confirmação, e outros 20% afirmam que sempre passam um antivírus no computador, para que seus dados não sejam clonados.

Dos motivos citados para não correr riscos, 28% dos consumidores virtuais garantem não comprar em sites/marcas desconhecidas por não saber a procedência do produto, enquanto 12% justificam dizendo que não o fazem por desconfiar de sua qualidade.

Os itens mais comprados pela internet nas situações de risco são as roupas (32%, sobretudo entre as mulheres – 37%), os eletroeletrônicos (20%), calçados (19%), acessórios (12%) e livros (11%).

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os maiores temores relacionados às compras pela internet estão sendo superados. “Esta é uma modalidade de consumo considerada bastante segura e os consumidores parecem entender que comprar pela internet requer atenção. Mesmo quando se arriscam, estão conscientes dos problemas que podem acontecer”, analisa. E a especialista alerta: “Há meios de minimizar esses riscos e tornar a compra virtual um meio prático e seguro de consumir”.

Metodologia


Foram ouvidas 676 pessoas das 27 capitais brasileiras, com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos, de todas as classes sociais e que já fizeram alguma compra virtual. A margem de erro é de 3,7 pontos percentuais e a confiança é de 95%.

Fonte: Adjori/SC

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