Política

Presidente da Câmara de Vereadores fala sobre desafios do mandato à frente da Casa Legislativa

Vereador concedeu entrevista à TVJP, falando sobre desafios e planos do mandato à frente da Mesa Diretora da Casa

4 de fevereiro de 2023

Foto: Moira P. Petrucci / Câmara de Vereadores

Marco Desessards, novo presidente da Câmara de Vereadores de Pomerode, concedeu uma entrevista ao diretor do Jornal de Pomerode, Mani Goede, a respeito dos desafios e projetos para seu período à frente da Mesa Diretora da Casa Legislativa.

Jornal de Pomerode: Quais os desafios em liderar a Câmara de Vereadores de Pomerode?

Marco Desessards: Sempre considerei um desafio. Ao nos tornarmos presidente da Casa Legislativa, é uma realidade completamente diferente, do que ser apenas um vereador. A presidência traz consigo a responsabilidade da gestão da Câmara, que fica a cargo da Mesa Diretora, também. É como se fosse uma empresa pública, com normas e regras a serem seguidas. Inclusive, uma das primeiras tarefas é nos adequarmos a nova lei de licitações, que traz consigo uma série de atualizações. Então estamos sempre buscando conhecimento e novas informações, com auxílio da equipe fantástica que temos conosco na Câmara de Pomerode.

Temos hoje uma Casa muito enxuta, se comparada a outras Câmaras de Vereadores de outros municípios, e uma das economias é quanto ao pessoal, já que temos sete colaboradores, alguns terceirizados. Mas agora, com a lei de licitações, por exemplo, precisaremos de um agente de contratações. É bom quando pensamos em uma economia financeira, mas temos que focar em uma economia inteligente, sem deixar de fazer o nosso trabalho com qualidade.

 

JP: Como fazer o Legislativo facilitar a vida do pomerodense?

MD: Para facilitar a vida do pomerodense, falando como Legislativo Municipal e até pensando nas esferas estadual e federal, quanto menos leis, melhor. Já temos excesso de leis, que só travam iniciativas. Às vezes, na minha opinião, o estado tenta controlar tudo, mas não pode ter este controle sobre tudo. A Câmara trabalha com uma comissão permanente para revogar leis que estão obsoletas, para extinguir leis que não tem mais serventia.

 

JP: Como pretende trabalhar a harmonia com os outros dois Poderes, em Pomerode?

MD: Foi uma preocupação minha, quando aceitei o desafio de ser presidente, de como fazer isso, como garantir esta harmonia. Ao meu ver, a Câmara tem este papel de ouvir e de estar com os outros poderes, com o Judiciário e o Executivo. E, claro, o quarto poder, que é a imprensa. Precisamos estar em sintonia e para isso o diálogo é fundamental. Pensando nisso, já instituí, com o prefeito Ércio, que em toda última terça-feira do mês, à tarde toda ele virá e conversará com os pomerodenses, sobre uma pauta aberta. Já temos este cronograma definido até o fim do ano. Era algo que já acontecia, esporadicamente, mas agora com a periodicidade, já em uma data marcada, será mais fácil e organizado. E nas outras terças-feiras, será aberto este espaço aos secretários ou gestores de algumas secretarias. Precisa haver este diálogo, porque o Legislativo é o representante do povo e, às vezes, a população não tem acesso ao Executivo e á Prefeitura, e nós somos este elo de ligação.

Com o Judiciário, já procuramos o Ministério Público, também, para ficarmos atentos ao que podemos ou não fazer aqui e também pensando nas ações do Observatório Social. E temos que envolver a todos, porque os assuntos são comuns.

 

JP: Como presidente da Câmara, quais as ações, que você pretende para este período?

MD: Quero levar a Câmara de Vereadores para a população. Temos uma dificuldade enorme, com o fato de a população não acompanhar as sessões, são poucas pessoas assistindo às transmissões ou in loco. Tenho trabalhado, já conversando com presidentes das associações e clubes de caça e tiro, pois quero levar as sessões para os bairros. Por exemplo, a cada dois meses, fazer uma sessão em cada bairro. Mas não convencional, burocrática, como são as sessões ordinárias de votação de projetos, e sim de diálogo, para ouvir a comunidade. Penso em fazer uma sessão como tentativa, em um clube, e ver como caminhamos. Talvez a marca do meu mandato, seja conseguir fazer isso, fazer com que a população participe. E isso com o apoio das associações e clubes de caça e tiro.

 

JP: O que você espera do cidadão pomerodense e como ele pode ajudar neste trabalho?

MD: Acho que temos que ofertar a possibilidade que o cidadão participe. Para fazer diferente, temos que inovar. Se seguíssemos neste mesmo caminho, de sessões burocráticas, mesmo mudando os horários, seria a mesma coisa, então temos que mudar. E esta mudança é convocar a população a participar, levando as sessões aos bairros. E nesta mobilização, os clubes de caça e tiro são muito importantes. A Câmara fará estas mobilizações e espera que a população participe com ideias, com críticas construtivas. Passamos da fase de criticar por criticar, é importante que as pessoas tragam ideias. O principal é que a população compre esta ideia, de participar. A Câmara vai sair daqui e fazer um movimento para convocar maior participação.

 

JP: Como você prevê esta relação com os demais vereadores?

MD: Nesta legislatura, eu vejo que embora tenhamos divergências de ideias, o que é muito importante, todos estão sempre abertos a novas ideias, estão mais tranquilos para trabalhar em conjunto. E abrir as ideias para construir, em conjunto, é muito positivo. E vejo bastante isso nesta legislatura. Este é o caminho e acredito que ninguém vai se opor a isso. Ouvir bastante, ponderar quais são as melhores ideias para serem levadas adiante, é o caminho. Eu acho que isso vai contribuir bastante com a nossa cidade.

 

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