Saúde

Pomerode tem primeiro foco de dengue registrado

Registro foi efetuado pela Vigilância Sanitária em uma armadilha no Centro da cidade

25 de março de 2015

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) da Secretaria de Estado da Saúde confirmou na quinta-feira, 19 de março, 663 casos de dengue em Santa Catarina neste ano. Do total, 545 são autóctones (transmissão dentro do estado), 42 importados (transmissão fora do estado) e 76 estão em investigação para definir o local de transmissão. Outros 1.825 casos foram descartados por apresentarem resultado laboratorial negativo para dengue.

Em Pomerode, nenhum caso de dengue foi confirmado. De acordo com a gerente de vigilância epidemiológica de Pomerode, Eliana Dias, o município teve cinco casos de suspeita de dengue. “Já foram efetuadas cinco coletas de suspeita de dengue. Até agora, recebemos o resultado de quatro deles, onde todos deram negativos. Aguardamos ainda o último resultado. Todas as suspeitas envolveram homens”, explica.

No entanto, o primeiro foco do mosquito foi registrado na quinta-feira passada, dia 12 de março.

Segundo Jeancarlo Hille, da Vigilância Sanitária de Pomerode, o foco foi encontrado em uma armadilha. “O foco foi detectado em uma armadilha criada pela própria vigilância em uma residência no Centro da cidade”, explica.

O mosquito foi encontrado na Avenida 21 de Janeiro e moradores próximos da região foram visitados. “Visitamos todos os imóveis da redondeza para fiscalização e orientação. Temos alguns terrenos que são considerados problemas, pois os donos não são de Pomerode, mas os mesmos já foram comunicados”, ressalta.

A orientação da Vigilância Sanitária é que todos os recipientes que acumulem água sejam despejados. “Trabalhamos agora para que aproliferação do mosquito não aconteça. Então, estamos efetuando visitas em demais residências e acompanhando a situação”, revela.

Pomerode conta com 122 armadilhas criadas pela Vigilância Sanitária em todos os bairros, além de pontos estratégicos de análise, como borracharias e outros locais que tenham fácil acúmulo de água.

As Vigilâncias Sanitária e Epidemiológica de Pomerode frisam ainda que denúncias podem ser realizadas junto aos setores. “A denúncia pode ser efetuada de maneira anônima. No entanto, ressaltamos que água parada em barro não prolifera o mosquito, pois o mesmo precisa de uma superfície lisa para depositar seus ovos”, esclarecem.

A dengue – A dengue só é transmitida através da picada deste mosquito e um indivíduo não pode passar a doença para outro, nem por água ou alimentos. No entanto, se um mosquito Aedes Aegypt que não esteja contaminado com o vírus da dengue picar um indivíduo que esteja com dengue, este mosquito ficará contaminado e todos os seus ovos poderão transmitir a doença.

A melhor maneira de combater esse mal é atuando de forma preventiva, impedindo a reprodução do mosquito. Cada Aedes Aegypti vive aproximadamente 30 dias e a fêmea chega a colocar entre 150 – 200 ovos de cada vez. Ela é capaz de realizar inúmeras posturas no decorrer de sua vida.

Principais sinais e sintomas


Febre alta com início súbito (39° a 40°C);
Forte dor de cabeça;
Dor atrás dos olhos;
Perda do paladar e apetite;
Manchas e erupções vermelhas na pele, principalmente no tórax e membros superiores;
Náuseas e vômitos;
Tontura;
Extremo cansaço;
Moleza e dor no corpo, nos ossos e articulações.

Tratamento


Não existe tratamento específico contra o vírus da dengue. É possível tratar os sintomas decorrentes da doença, ou seja, fazer um tratamento sintomático.
Orienta-se tomar muito líquido;
Utilizar medicamentos para baixar a febre;
Encaminhar-se a Unidade de Saúde, para devidos procedimentos para detecção da doença.
Não devem recorrer à automedicação;
Não usar antitérmicos que contenham ácido acetilsalecílico, nem anti-inflamatórios, pois interferem no processo de coagulação do sangue.

Como evitar


Evite o acúmulo de água. O mosquito coloca seus ovos em água limpa, mas não necessariamente potável.

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