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Pomerode pelo mundo: conheça a ex-moradora da cidade que foi para os EUA atuar como Au Pair

Jovem de Pomerode escolheu morar nos Estados Unidos e se aventurar na profissão de Au Pair

28 de outubro de 2023

Foto: Arquivo pessoal

Morar pela primeira vez no exterior e ainda assumir uma função que requer muita responsabilidade e comprometimento quase integral. Este foi o desafio que a ex-moradora de Pomerode, Rebeca da Silva Macedo de Almeida, de 22 anos, ao se mudar para os Estados Unidos para trabalhar como Au Pair.

Atualmente, Rebeca reside na cidade de Wrightsville, estado da Pennsylvania, e revela que nutria um forte desejo de visitar os Estados Unidos desde a sua adolescência.

“No entanto, as opções sempre se mostraram um tanto limitadas, já que um intercâmbio demanda um investimento considerável. Após extensas pesquisas, deparei-me com vídeos no YouTube a respeito do programa Au Pair, e foi nesse momento que visualizei uma oportunidade que se alinhava aos meus objetivos. Já estava dedicando-me ao estudo do inglês e preparando-me gradualmente para essa jornada. Sempre senti uma inquietude que me motivava a explorar além do que eu conhecia, a enfrentar desafios em um ambiente propício ao meu crescimento pessoal. Ansiava por aprimorar minha fluência no inglês, adaptar-me a novas culturas e costumes, pois compreendo que é justamente nesse cenário que o verdadeiro aprendizado acontece. Acredito que quando eu retornar ao Brasil, trarei comigo experiências e aprendizados que poderei aplicar tanto na minha vida pessoal quanto profissional”, afirma a jovem.

Mas agora você deve estar se perguntando: o que é um Au Pair? Rebeca explica que um Au Pair tem um papel semelhante ao de uma babá. Portanto, sua principal tarefa é cuidar das crianças enquanto os pais estão ocupados.

“Minhas atividades diárias incluem preparar refeições, arrumar áreas compartilhadas, auxiliar nas tarefas, fazer transporte para atividades/escola/médico, estar pronta para lidar com emergências, brincar e apoiar os pais conforme necessário. Gosto de lembrar as crianças que estou aqui para ajudar e ser uma amiga para elas”, comenta.

E para estar apta a realizar esta função, uma série de requisitos precisam ser cumpridos e o candidato passa por um processo de seleção. Rebeca conta que o processo para se tornar um Au Pair nos Estados Unidos segue um padrão semelhante entre as agências.

Inicialmente, o candidato precisa ter entre 18 e 26 anos de idade, ser solteiro, ter boa saúde, ter concluído o ensino médio ou equivalente. O candidato deverá entrar em contato com uma agência e passar por um teste de proficiência em inglês e uma verificação de antecedentes criminais, além de uma entrevista, que pode ser realizada online ou presencialmente, dependendo da agência escolhida.

Após essa etapa, é importante fornecer referências pessoais e comprovar experiência prévia com cuidado de crianças, pois o candidato estará trabalhando diretamente com crianças.

“Em seguida, você reúne documentos como histórico de vacinação, atestados médicos, passaporte e carteira de motorista, e completa algumas aulas online para melhor preparação. Durante esse processo, você navega na plataforma da agência, entrevistando famílias em busca daquela que se encaixe melhor no seu perfil. Depois de encontrar uma família disposta a contratá-lo, é hora de solicitar o visto J1, necessário para o intercâmbio como Au Pair. Para isso, você deve reunir todos os documentos necessários e passar por uma entrevista presencial no consulado americano mais próximo”, enumera a Au Pair.

Foto: Arquivo pessoal

 

Rebeca passou neste processo de seleção e se mudou para os EUA há um ano e 11 meses. Ela admite que deixar Pomerode e o Brasil trouxe desafios significativos em sua vida, pois exigiu que ela saísse da zona de conforto para se adaptar ao novo país, além de lidar com a saudade de pessoas queridas e construir novos relacionamentos, amizades.

“Mas é possível construir novas amizades que se tornam como família e sentir-se em casa em diferentes lugares. Sentir saudades do calor Brasileiro, da música, da cultura e, principalmente, da comida, faz parte da experiência”.

No entanto, mesmo com os desafios, a experiência de ser uma Au Pair nos EUA traz diversos benefícios, como a oportunidade de estudar em um centro de ensino Americano, morar com uma família Americana, além de proporcionar desenvolvimento pessoal, independência, fluência em inglês, perspectiva ampliada das pessoas e do mundo, explorar locações de filmes famosos em Hollywood, maior responsabilidade e currículo melhorado.

“Minha viagem para Orlando foi incrível, onde visitei os famosos parques da Disney e da Universal Studios. Sempre sonhei com essa oportunidade e nunca imaginei que se tornaria realidade. A experiência foi extremamente gratificante, especialmente por eu ter ido sozinha e aproveitado cada momento”, cita Rebeca, ao falar de suas experiências nos EUA.

Foto: Arquivo pessoal

 

Para o futuro, se ele inclui continuar vivendo no exterior e na América do Norte, Rebeca admite que não há uma definição, pois possui diversos objetivos e está analisando qual será a melhor escolha.

A ex-moradora de Pomerode também aconselha quem ficou interessado na oportunidade de atuar como Au Pair e morar no exterior.

“O início é, frequentemente, o desafio mais difícil; dar o primeiro passo desencadeia um fluxo natural das coisas. O medo do desconhecido e da saudade é normal e afeta todos nós, mas há muitos aspectos que superam esses medos. Se prepare, se voluntarie em uma creche, trabalhe com crianças, faça cursos online, aprenda o segundo idioma e, acima de tudo, desfrute ao máximo do convívio com amigos e familiares. Assim, você poderá levar consigo momentos felizes e memórias inesquecíveis. Entre em contato com diversas agências pois os preços variam, assim como requisitos”, finaliza.

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