Saúde

Os cuidados com os anticoncepcionais

Ginecologista Dr. Alexandre Lopes esclarece algumas dúvidas sobre o medicamento e alerta sobre possíveis alterações e
efeitos colaterais que ele pode causar

6 de março de 2015

Muitas mulheres, a fim de evitar gravidez indesejada, procuram métodos contraceptivos. Um dos mais vendidos são os anticoncepcionais. Disponíveis em diversas formas e composições, estes medicamentos devem ser utilizados com a orientação de um médico especializado, para evitar problemas. O ginecologista Dr. Alexandre Lopes explica alguns cuidados que são precisos na hora de tomar anticoncepcional. “O ideal é que toda paciente procure o seu ginecologista antes de começar a usar qualquer método anticoncepcional. A partir dessa consulta inicial será orientada sobre a maneira correta de usar e sobre possíveis efeitos colaterais causados por determinado tipo de anticoncepcional e uso correto do preservativo. É necessário lembrar à paciente de que a chance da pílula falhar é muito baixa (0,1 % das usuárias que a usam corretamente), mas que esse risco aumenta conforme o uso de alguns medicamentos que podem interagir com a pílula, ou mais frequentemente com o esquecimento. É importante adequar o anticoncepcional à rotina da paciente. O ideal é sempre ser tomada no mesmo horário. Por exemplo, ao escovar os dentes ou maquiar-se”, conta.

Os anticoncepcionais podem causar algumas alterações no corpo, o que é uma situação normal. “Alguns anticoncepcionais podem ocasionar retenção hídrica e consequentemente aumento de peso. Lembrar que não existe uma idade mínima para o início do uso, mas que idealmente passem-se pelo menos dois anos do início das menstruações da menina, para que possa ocorrer um amadurecimento do sistema hormonal desta”.

Entretanto, além das alterações que são comuns, os anticoncepcionais podem causar efeitos colaterais, e estes, merecem atenção. “Alguns efeitos colaterais são bastante comuns após o início do anticoncepcional oral e tendem a desaparecer com o uso continuado do medicamento, tais como: cefaléia, náuseas, dor na região epigástrica e sangramento irregular.

Normalmente após dois a três meses estes sintomas tendem a desaparecer. Caso não desapareçam, o ginecologista deve ser procurado para avaliar uma possível troca da pílula”, explica Dr. Alexandre.

Dentre os efeitos colaterais mais preocupantes estão a trombose e, por isso, a indicação médica é tão importante, pois o profissional poderá avaliar o tipo certo de anticoncepcional para cada organismo, a fim de evitar este problema. “Como alteração mais grave que podemos ter com uso da pílula, temos principalmente a trombose venosa e consequente embolia pulmonar. Sintomas que costumam acontecer em decorrência dessa alteração são: dor, edema (inchaço), calor na perna, rubor (vermelhidão) na perna e rigidez da musculatura da perna na região afetada. Mas é importante lembrar que esta é uma condição bastante rara e que pode ser evitada se forem respeitadas as contraindicações de anticoncepcional oral em determinado grupo de pacientes: maiores que 35 anos de idade, tabagistas, obesas e que apresentem outros fatores de risco para desenvolver trombose. Neste grupo de pacientes o uso de anticoncepcional oral deve ser evitado, buscando outras alternativas não hormonais. Respeitadas tais contraindicações, o uso da pílula é bastante seguro, não ocorrendo grandes problemas no seu uso diário. Lembrando sempre que a pílula é uma medicação e como tal deve ser prescrito por médicos”.

É importante ressaltar que o tipo de anticoncepcional e seu uso correto deve ser orientado por um ginecologista, cabendo a ele a melhor indicação para determinada paciente, respeitando-se as contraindicações de cada método. Por isso, se você quer começar a tomar ou trocar o seu anticoncepcional, ou então, tem alguma dúvida sobre seu uso, deve procurar este profissional.

A vantagem inicial da pílula é evitar uma gravidez indesejada. Como alguns efeitos secundários temos:

– melhora da acne com uso de determinados anticoncepcionais
– melhora da cólica menstrual, controle do ciclo menstrual
– diminuição de sintomas da tensão pré menstrual (TPM)
– diminuição nos casos de cistos de ovários

Os anticoncepcionais disponíveis no mercado são:
– anticoncepcionais orais (pílulas)
– dispositivo intra uterino de cobre 
– dispositivo intra uterino hormonal
– injetável mensal
– injetável trimestral
– adesivo
– anel vaginal

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