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No som do Acordeon, uma figura conhecida

Há mais de 60 anos, Rolando Findeiss toca Acordeon e ficou conhecido como integrante do grupo Hausmusikanten

19 de fevereiro de 2023

Rolando Findeiss toca Acordeon desde os 11 anos de idade. (Foto: Isadora Brehmer / Jornal de Pomerode)

Uma figura conhecida pela afinidade com um instrumento musical tradicional. Rolando Findeiss, de 76 anos, é aposentado e se tornou conhecido junto ao grupo Hausmusikanten, do qual fazia parte e tocava Acordeon.

Findeiss relembra que começou a ter contato com o instrumento musical aos 11 anos de idade, quando ganhou o primeiro Acordeon dos pais. A partir de então, começou a ter aulas para aprender a tocar.

“Até os 14 anos eu tinha um Acordeon menor e com a mesma idade comecei a trabalhar, por isso, com o primeiro salário, comprei um Acordeon maior e continuei aprendendo, com outro professor. Naquela época e em boa parte da minha vida eu trabalhava muito, e a música era a minha forma de lazer. Cheguei a fazer parte de um grupo, ‘Fredi e os Acordeonistas’, e tocávamos em bailes de fim de semana e nas chamadas ‘domingueiras’, mas não ficamos muito tempo juntos”, conta Findeiss.

O aposentado atuou por 37 anos na empresa Karsten, de Testo Salto, e, quando tinha um tempo livre, tocava Acordeon nos clubes de bolão, aniversários de amigos e em viagens, em boa parte das vezes sozinho.

No fim de 1997, Rolando se aposentou da Karsten e em 1999, a secretaria de turismo de Blumenau o procurou para participar da divulgação da Oktoberfest, com a realeza da festa, em feiras no Brasil e no exterior, começando a participar mais eventos fora da comunidade.

Até que um amigo, que tocava gaita, o convidou para acompanhá-lo em surpresas nas casas das pessoas, em aniversários ou comemorações. Depois, um terceiro integrante se juntou ao grupo e o que era para ser uma brincadeira acabou originando o grupo Hausmusikanten, ou os músicos caseiros.

 

“Não era para ser uma banda ou para tocar em grandes eventos, mas começaram a aparecer casamentos, festas e fomos procurados pela secretaria de turismo. O primeiro grupo era formado por mim, Ivo Voigt, já falecido, e Moacir Hering. Depois, entrou um quarto integrante, com o Teufelsgeige, o Celio Krueger. E assim o Hausmusikanten foi surgindo em eventos maiores, como Oktoberfest, Fenarreco, Festa Pomerana, e outros eventos em clubes e foi muito além do que esperávamos”, revela Findeiss.

 

Com o tempo, o grupo foi se modificando e novos rostos foram aparecendo. Quando Ivo Voigt faleceu, ele foi substituído por Rodrigo Kienen, que por sua vez teve seu posto preenchido, quando saiu, por Bruno Franz. Celio Krueger depois deu lugar ao filho de Rolando, Andreas Findeiss, no Teufelsgeige.

“Paramos de tocar devido à pandemia, embora eu já estivesse considerando me despedir do grupo e dos eventos antes, por questões de saúde. Eu deixei o grupo Hausmusikanten em março de 2020, pouco antes da pandemia, e quem me substituiu foi Guilherme Wilbert. Levei a minha vida sempre com muito trabalho e a música era um hobby, embora tenha usado como uma fonte de renda nos últimos anos. Hoje, não sinto falta dos palcos, vivi o que tinha para viver com a música. Tudo acaba um dia e é preciso reconhecer quando é a hora de parar”, finaliza.

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