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Nascido no aniversário da cidade

Bebê nasce no dia do aniversário da cidade. Porém, com um detalhe: com o parto feito na frente da Prefeitura Municipal

29 de janeiro de 2022

Foto: Raphael Carrasco / Jornal de Pomerode

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No dia do aniversário da cidade e na frente da Prefeitura Municipal de Pomerode. Foi por volta das 19h15 que o bebê Joaquim nasceu, dentro de uma ambulância do Samu, da cidade. A família estava a caminho do Hospital e Maternidade Rio do Testo, porém, o menino resolveu chegar ao mundo, minutos antes de chegar no HMRT.

Joaquim nasceu com 3,422 quilos e 48 centímetros, é o terceiro filho do casal Mayara Ardnt e Jeferson Vogel. Moradores de Testo Central, os dois explicam que o filho veio por um acaso e que não estavam planejando ter mais uma criança, no momento. Mayara comenta que, seu pai, antes de falecer, havia falado de que a filha teria mais um filho e que seria um menino.

“Na verdade a gente não estava com planos em mente de ter um filho, neste momento. Porém, meu pai dizia que eu teria mais uma criança e que seria outro menino, para completar a família. Comecei a sentir algumas coisas diferentes mas até pensei que poderia ser uma virose. Então, percebi que continuava e resolvi fazer o teste de gravidez, que deu positivo. E isso eu fiquei sabendo cerca de duas semanas depois que meu pai nos deixou”, relata a mãe.

O casal também explicou o motivo de escolher o nome Joaquim. Além do novo filho, a família conta com Nicollas, de 7 anos e Lorenzo, de 3 anos.

“Estávamos assistindo uma novela bíblica. Então, começamos a pesquisar alguns nomes para batizar o nosso filho. Pensamos em Emanuel e Joaquim. Como meu marido tem uma empresa com as iniciais de todos da família, e na sigla já havia um J, de Jeferson, mantivemos o nome Joaquim para continuar usando o mesmo nome (risos)”, explica.

 

Joaquim nasceu com 3,422 quilos e 48 centímetros. (Foto: Raphael Carrasco / Jornal de Pomerode)

Joaquim, agora, se junta aos irmãos Nicollas e Lorenzo. (Foto: Raphael Carrasco / Jornal de Pomerode)

Durante o parto, a família preferiu não entrar em detalhes. O pai comenta que houve a necessidade de chamar o Samu, por conta da dificuldade de locomoção de Mayara. Jeferson comenta que os socorristas foram atenciosos e aproveitam para agradecer pelo trabalho.

“Eles foram muito atenciosos e muito pacientes. Tiveram todo cuidado com ela e houve a necessidade do parto ser feito no meio do caminho. Eu não tinha me ligado que sexta, dia 21, era o aniversário de Pomerode, fiquei sabendo depois. E, nasceu na frente da Prefeitura. Muitos brincaram com a gente dizendo que isso é uma mensagem para dizer que ele pode ser político, no futuro”, conta o pai.

 

A atuação do Samu

Naquele dia 21 de janeiro, sexta, os plantonistas da Bravo-11 do Samu de Pomerode eram o socorrista e condutor Cleyton José Eising e a técnica de enfermagem Luciana Bridarolli. Os dois, contam que haviam acabado de chegar de uma ocorrência e logo partiram em direção a Testo Central, para verificar a situação da mãe.

Quando ela foi avaliada, percebeu-se que Mayara estava já, em trabalho de parto. Com isso, os socorristas já se prepararam para um possível parto, ali mesmo na casa. Após ligar e regular com o médico do Samu, o mesmo recomendou que, por conta da contração ter diminuído, era possível encaminhá-la até o Hospital. Porém, durante o deslocamento, Joaquim nasceu.

Cleyton parou a ambulância e depois informou à técnica de enfermagem Luciana e a mãe Mayara, de que o bebê havia nascido na frente da Prefeitura Municipal de Pomerode.

Cleyton e Luciana eram os plantonistas que atenderam a família. (Foto: Raphael Carrasco / Jornal de Pomerode)

“Foi um momento de alívio. Pois foi ali que percebemos que a criança veio ao mundo, com saúde e de que estava tudo certo com ele e também com a mãe. Cada nascimento é diferente. Eu já trabalhei em maternidade e são situações e situações. E, a emoção é muito grande de poder ver aquele ser e também poder ver os olhos brilhando da mãe de felicidade em saber que está tudo bem e que o bebê está ali, seguro e com saúde. Com certeza, é um momento que a gente guarda na nossa memória”, relata Luciana.

Este trabalho de parto é o segundo que o socorrista Cleyton está presente. De acordo com o profissional do Samu, é uma mistura de sentimentos.

“A Lu tem uma bagagem maior que a minha, neste quesito. Nestas situações, a gente pensa nas mais diversas possibilidades, então, é uma mistura de sentimentos, desde a tensão até a emoção. Quando a Luciana solicitou que parasse a ambulância, no primeiro lugar seguro que eu vi para parar, estacionei. É muito gratificante poder estar neste momento tão importante na vida dessa família. Nós temos filhos e sabemos como é sentir essa emoção e essa expectativa do parto”, comenta.

 

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