Mandados de busca e apreensão são cumpridos em Joinville em operação que investiga manipulação de jogos
Também foi cumprido um mandado judicial de busca e apreensão domiciliar e pessoal em Belém (PA)

Foto: Divulgação/Gaeco
O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) de Santa Catarina prestou apoio à operação “Impedimento”, deflagrada na quinta-feira, 21, pelo Ministério Público do Pará (MPPA), cumprindo quatro mandados de busca e apreensão em Joinville.
Também foi cumprido um mandado judicial de busca e apreensão domiciliar e pessoal em Belém (PA). A investigação é sobre a possível existência de uma organização criminosa responsável pela manipulação de resultados de partidas de futebol, as quais foram objeto de apostas eletrônicas.
De acordo com o que foi apurado até o momento, três jogadores do São Francisco Futebol Clube, sediado em Santarém/PA, participaram de um esquema de manipulação de partidas de futebol válidas pelo campeonato paraense de 2023, agindo durante os jogos de forma deliberada e questionável no que diz respeito às questões táticas e técnicas, comprometendo o desempenho da equipe com vistas a proporcionar resultados finais dos jogos que beneficiariam uma rede de apostas eletrônicas em operação no Brasil.
A manipulação dos resultados foi apurada a partir de representação criminal formulada pela Presidência do São Francisco Futebol Clube instruída com documentação emitida pelo Sistema Universal de Detecção de Fraudes (UFDS), por meio do qual é possível monitorar as apostas on-line de partidas de esportes de qualquer natureza para detectar eventuais fraudes ou manipulações de resultados.
Nesse sentido, a partir da utilização da inteligência artificial é possível constatar variações anômalas de apostas, o que exatamente ocorreu em relação às partidas de futebol que foram objeto da investigação.
Além disso, a análise de informações obtidas com a quebra do sigilo telemático devidamente autorizada pelo Poder Judiciário confirmou o envolvimento de jogadores de futebol na combinação dos resultados. O GAECO do Pará contou o apoio do Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional (GSI).
As investigações prosseguem em segredo de justiça.