Saúde

Incontinência urinária: entenda a doença que afeta 45% das mulheres acima dos 40 anos

Doença não é uma consequência inevitável do envelhecimento; saiba mais

16 de março de 2025

Foto: Envato Elements/Imagem Ilustrativa

A Maternidade Carmela Dutra (MCD), unidade própria do Governo de Santa Catarina, é reconhecida como referência no tratamento de incontinência urinária. São atendidas uma média de 60 pacientes por mês no ambulatório de urologia feminina.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) busca conscientizar a população sobre a prevenção da doença que afeta 45% das mulheres acima dos 40 anos e traz o tratamento realizado na MCD, referência estadual na Saúde da Mulher.

As principais causas da incontinência urinária incluem o parto normal, ganho de peso, obesidade, tabagismo e, frequentemente, o tipo de trabalho realizado pela mulher ao longo da vida, especialmente se envolver o carregamento de peso. Esses fatores podem causar o rompimento das estruturas que sustentam a bexiga e a uretra.

É importante destacar que a incontinência urinária não é uma consequência inevitável do envelhecimento. “Na Maternidade Carmela Dutra, atendemos pacientes de diversas faixas etárias, incluindo mulheres acima de 80 anos. Proporcionamos a elas dignidade e qualidade de vida”, ressalta o urologista José Fernando Rodrigues Junior, responsável pelo ambulatório.

O profissional ainda ressalta que o tratamento oferecido na MCD possui resultado positivo alto. “Em 90% dos casos, conseguimos a cura, o que é muito significativo. A satisfação pós-operatória é elevada, com um baixo índice de complicações e uma rápida recuperação da vida social. Esta cirurgia é amplamente utilizada em todo o mundo, e aqui na Carmela temos as melhores condições para oferecer esse tratamento”, explica o médico José Fernando.

Uma dessas pacientes, é Sonia Walmira Lopes, de 59 anos, moradora de Florianópolis. Ela compartilha sua experiência quando percebeu os sintomas de incontinência urinária. “Notei que, durante as caminhadas, na academia, fazendo exercícios físicos e até ao sorrir, eu tinha perdas urinárias, então procurei um médico”, relata Sonia.

Após a primeira consulta, realizada no final do ano passado, foi identificado que a incontinência urinária de Sonia necessitava de correção cirúrgica. O procedimento indicado foi a colocação de uma tela, conhecida tecnicamente como sling, que é eficaz para muitas mulheres com essa condição. “A cirurgia foi realizada há dois meses e, no retorno, ela relatou que a incontinência urinária estava resolvida, o que impacta significativamente na qualidade de vida das mulheres,” acrescenta o urologista.

“Tive uma recuperação maravilhosa. Não precisei tomar nenhum remédio para a dor. Após deixar a maternidade, tomei apenas um antibiótico, que era obrigatório por causa dos pontos. Sou muito grata”, conta Sonia.

Cirurgia de Sling

O procedimento cirúrgico é minimamente invasivo e muito rápido, dura em média 30 minutos. A cirurgia de sling consiste na colocação de uma faixa de polipropileno, ou de um tecido do próprio corpo da paciente, abaixo da uretra, por via vaginal, com o objetivo de recuperar a sustentação uretral, que tinha anatomia comprometida.

Após o procedimento, a paciente é orientada a manter repouso devido a colocação da tela. Também recomenda-se um período de 30 a 45 dias de repouso para esforços físicos.

Fonte: Agência de Notícias/Secom

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