Gentileza em palavras: colaboradora da Prefeitura de Pomerode distribui carinho em bilhetes com mensagens de motivação
Leicivane Carvalho Balieiro costuma escrever pequenos bilhetes e deixa-los nas garrafas de café, chá ou nas mesas dos demais funcionários, conquistando a simpatia de todos
Foto: Isadora Brehmer / JP
Gentileza gera gentileza. O ditado pode parecer clichê, mas há situações em que se aplica perfeitamente. Leicivane Carvalho Balieiro, auxiliar de limpeza na Prefeitura Municipal de Pomerode, tem este ditado como incentivo diário, para alegrar aos demais trabalhadores com mensagens de carinho e motivação, deixadas em post-its em garrafas térmicas de café, murais, ou nas mesas de quem atua na Prefeitura.
Natural de Breves, na Ilha do Marajó, no Pará, Leici, como é chamada carinhosamente, reside há um ano em Pomerode e completará um ano de serviço na Prefeitura. Ele revela que, em abril deste ano, pouco tempo depois de ter começado a atuar na sede da administração municipal, passou a deixar os bilhetes nos cafés, chás ou nas mesas da equipe.
“O hábito de escrever estes bilhetes sempre fez parte de mim, tanto para as pessoas da minha família, que eu amo, como para colegas de trabalho. Eu gosto muito de observar os detalhes, então percebo quando uma pessoa não está bem. Se eu vejo que alguém está triste, desanimado ou parece cansado, eu escrevo um bilhete, pois é uma forma de dizer ‘tudo vai ficar bem’”, revela a auxiliar de limpeza.
Os bilhetes passaram a ser uma marca de Leici em seus relacionamentos, na família, com os amigos e, claro, em seu local de trabalho. “Em uma sexta-feira, tive a ideia de colocar um bilhetinho escrito ‘Sextou’, e quem viu gostou, inclusive postando no Instagram. Depois, tive a ideia de colocar frases, que normalmente vejo no Instagram ou em outras redes sociais. Eu acredito que seja uma forma de deixar o dia das outras pessoas mais leves, de tocá-las, de alguma forma. Se a frase toca em mim, eu acredito que vai tocar em outra pessoa também”, afirma.
Leici comenta que sempre adorou escrever e, inclusive, está cursando Pedagogia na faculdade, restando um ano para concluir o curso.
“Gosto muito de escrever, se puder eu sigo escrevendo e vem ‘textão’ (risos). Quando eu começo a escrever é difícil parar, por isso acabo fazendo os bilhetes, também. Eu fico muito feliz em poder melhorar o dia das pessoas com algo que eu escrevo, porque acredito que as coisas boas que fazemos, sempre voltam para nós. A gentileza que concedemos aos outros, vai gerar gentileza em nossa vida. Se eu plantar algo bom, colherei algo bom. Inclusive, já recebo coisas boas em troca, pois algumas pessoas também escrevem recados para mim e alegram o meu dia. Receber isso é uma forma de Deus falar para mim: ‘olha só o que você está fazendo na vida das pessoas’, então elas vão te retribuir dessa forma de carinho, assim como eu também faço”, finaliza.