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“Eu vivo e respiro a Apae, sou muito feliz aqui”: conheça a diretora da Apae, Daniela Heineberg

Diretora da Apae fala sobre a relação com a educação especial e os desafios da profissão

25 de fevereiro de 2024

Foto: Isadora Brehmer / JP

Trabalhar com educação especial e seus desafios. Esta foi a missão escolhida para a vida, por Daniela Heineberg. Graduada em pedagogia e pós-graduada em neuropsicopedagogia, Daniela é diretoria da Apae de Pomerode e falou sobre sua paixão pela educação especial, além dos desafios de trabalhar com este setor.

Como começou sua relação com a educação especial?

Eu atuei como auxiliar de classe por algum tempo e a minha primeira turma de regência, depois de formada, tinha um aluno especial. Depois, as minhas turmas sempre foram direcionadas para alunos alguma deficiência, algum laudo alguma dificuldade de aprendizagem. Paralelo a isso, foi aberto do AEE no Colégio Doutor e eu fui professora responsável. Naquele momento eu já tinha consciência de que seria o meu caminho.

Eu tenho TDA, Transtorno de Déficit de Atenção e fiz a minha pós-graduação voltada a isso, em neuropsicopedagogia, para me ajudar, pois tinha dificuldade de organização. Ao fazer a pós, foi um divisor de águas, trazendo a certeza que eu queria seguir para a área da educação especial.

 

Como foi o início na Apae de Pomerode e como chegou à diretoria?

Comecei na Apae em 2018, quando surgiu uma vaga de coordenadora pedagógica. Fiz a entrevista e, ao entrar aqui, tive a certeza de que gostaria de trabalhar na Apae. Atuei como coordenadora e quando a Riacarla Rauh, então diretoria da Apae, precisou se afastar por questões de saúde, ocupei a vaga de diretora adjunta, também com o cargo de coordenadora. Quando a Riacarla retornou, depois da recuperação, junto ao presidente, Almir, eu fui nomeada diretora, até pelo trabalho que tinha sido feito e foi um processo natural.

 

Quais os desafios de trabalhar educação especial?

A educação, por si só, já é desafiadora. A educação especial passa a ser um pouco mais, primeiro pelo fato de ser algo ainda novo, e o conhecimento maior sobre legislação a respeito ser recente. Os desafios que encontramos são mais relacionados garantia dos direitos das pessoas com deficiência, dentro do setor educacional, na comunidade e dentro da família. Em Pomerode, não é tão desafiador, pois temos uma abertura muito grande em relação ao assunto, para falar sobre o tema. Pois educação especial também é ter a voz para falar sobre o assunto e promover a conscientização. E a educação especial precisa ser desafiadora, pois a educação por si só é provocativa.

Inclusão não é sobre igualar, e sim entender que a pessoa precisa estar na sociedade, mas que ela compreenda e respeite as particularidades dele. E Pomerode caminha de uma forma muito boa neste sentido.

 

Maiores realizações enquanto diretora e parte da equipe da Apae?

A primeira delas é ver um currículo pedagógico dentro da instituição, pelo qual conseguimos mostrar que nossos alunos aprendem, é algo que nos enobrece enquanto instituição. Em segundo lugar é ver a Apae aprimorar os atendimentos, a qualidade deles, por exemplo quando falamos da parte clínica, dos projetos, das iniciativas que vêm para cá para garantir um prognóstico de vida melhor.

Além disso, é uma realização o investimento constante em melhoria nos atendimentos aos nossos alunos, para oferecer cada vez mais qualidade. Em primeiro lugar vem nossos alunos e estamos a serviço deles, tudo o que os atravessa, intimamente, me traz uma alegria muito grande.

 

O que representa poder estar à frente de um trabalho como o da Apae Pomerode?

Sou muito grata por toda a minha caminhada até aqui, bem como à Riacarla por me trazer para a Apae Pomerode, pois não me vejo fazendo outra coisa. Espero poder ficar por muitos anos aqui, se a diretoria e a comunidade assim desejarem. Estou no lugar certo, sou “casada” com meu trabalho, é uma extensão da minha vida. Eu vivo e respiro a Apae. Sou muito feliz aqui, muito grata a Deus e à diretoria por terem permitido que eu fizesse parte desta história e que a Apae também transformasse a minha vida.

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