Da sala de aula à confeitaria: uma nova carreira para a vida

De professora a empreendedora no ramo da produção de bolachas. Alessandra Valin Rosa é formada em psicopedagogia e atuou por 17 anos na educação, inclusive na área de educação especial, mas decidiu seguir em uma nova profissão.

Há oito anos, ela escolheu trabalhar com a confeitaria de bolachas. “Diferente de muitas pessoas, para mim não era exatamente uma tradição de família, algo de geração em geração. Me lembro, sim, de fazer bolachas nos finais de ano com a minha mãe, mas acho que não foi este o principal motivo. Na realidade, eu tinha o desejo de fazer algo que fosse bonito, caprichado, pois, como professora, tinha aquele lado de fazer os pacotinhos com lembrancinhas, fazer pintura algumas vezes. Então creio que foi o desejo de fazer algo novo e o amor por fazer coisas bonitas que me levou a fazer bolachas pintadas, tradicionais da nossa região”, conta Alessandra, proprietária da Doces Pommernhaus.

Quando ela decidiu seguir este caminho, segundo Alessandra, algumas pessoas ficaram surpresas, pois a conheciam apenas da educação, mas ela garante que era o que ela queria fazer e o que gostava, por isso se manteve firme na decisão.

“Comecei em casa, fazendo aos poucos e vendendo, algumas vezes de porta em porta. Quando eu iniciei, fiz um curso com uma senhora que eu conhecia e que era profissional na confeitaria. Ela me ensinava duas, três receitas por aula e, durante os demais dias, eu treinava estas receitas em casa e vendia em oficinas de conhecidos, lojas de amigas minhas, e assim por diante. Fiz este curso com ela por cerca de três meses, além de buscar outras formações depois, assim me aperfeiçoei e, há cerca de seis anos, tenho a minha fábrica”, explica.

Atualmente, a Pommernhaus produz cerca de 85 tipos de bolachas diferentes, desde o mais simples, como o amanteigado, das bolachas pintadas de natal, às mais decoradas, inclusive especiais para a Páscoa. A Pommernhaus também produz algumas opções de salgados, como palitos de alho, de chimichurri, por exemplo, além de chocolates.

A marca possui duas lojas físicas (Passeio Pomerano e Alles Park), além da loja de fábrica, vendendo também para diversas partes do Brasil. Para a empreendedora, a perseverança é uma característica que não pode faltar quando se fala em ter um empreendimento.

“O principal desafio é manter sempre a cabeça erguida, ao meu ver, porque o comércio é uma área que exige jogo de cintura e busca constante pela inovação. Outro ponto importante é sempre manter a qualidade do produto oferecido, melhorando sempre que possível para que os clientes que gostam do sabor do seu produto não deixem de compra-lo por não ser mais a mesma coisa”, destaca.

Foto: Joana Prochera / JP

Além disso, Alessandra enaltece a necessidade de estar em constante evolução, buscando mais conhecimento e aprimorando o que já é feito.

“Se você vê algum curso interessante, faça. Se existe uma chance de aprimoramento do que você faz, aproveite. Hoje, eu faço parte da CDL Mulher, que auxilia as mulheres empreendedoras com dicas e conhecimento, ensina muito sobre o empreendedorismo, em geral. Além disso, é preciso valorizar e mostrar a sua marca sempre que possível, pois é assim que ela será lembrada”, frisa.

Relembrando o início de sua trajetória, quando começou vendendo bolachas de porta em porta, Alessandra declara o quanto se sente realizada em ver o seu empreendimento crescer continuamente.

Foto: Joana Prochera / JP

“Eu fico muito feliz e grata, a cada dia. Quase sempre recebemos mensagens e ligações de clientes elogiando nossos produtos, inclusive pessoas que moram longe, em outros estados, como Mato Grosso do Sul, Pará, e isso é muito gratificante. Saber que estamos indo bem e que nosso produto agrada tanto assim as pessoas, é muito especial”, finaliza.

Os produtos da Pommernhaus podem ser encontrados por meio do Instagram @docespommernhaus.