Saúde

Da fé vem a força para permanecer na luta

Pomerodense com Leucemia precisa de doadores de plaquetas para auxiliar no seu tratamento. A doação é simples e pode
ser feita pelo Hemosc de Blumenau

3 de março de 2015

Uma palavra: sorriso. Independente das dificuldades, dos problemas, é preciso sempre manter o sorriso no rosto e a fé de que tudo dará certo. É com otimismo que se enfrenta o mundo. Já dizia o pensador Alfred Montapert: “O bom humor espalha mais felicidade que todas as riquezas do mundo. Vem do hábito de olhar para as coisas com esperança e de esperar o melhor e não o pior”.

É sempre com sorriso no rosto que o pomerodense Simond Hoffmann enfrenta as adversidades da vida. Em dezembro do ano passado, ele foi diagnosticado com leucemia, e desde então, está lutando constantemente contra a doença. Seu filho, Adilson Hoffmann, conta que o pai sempre foi um homem muito saudável. “Meu pai sempre teve uma ótima saúde. Nunca foi de ter doenças ou ficar de cama. Mas há algum tempo ele sofreu um grande trauma. Acreditamos que foi a partir deste choque emocional que a doença se manifestou. Ele apresentava os sintomas, mas pareciam de uma simples anemia. Até que um dia o levamos até o hospital da Unimed em Timbó e lá eles diagnosticaram a Leucemia”. 

Assim, Simond foi encaminhado com urgência para Blumenau, município referência em tratamento oncológico na região. Lá, ele foi internado, onde está até hoje, recebendo tratamento para combater a doença. “Ele está internado desde o dia 4 de dezembro do ano passado. Até agora ele já realizou três sessões de quimioterapia. Minha mãe está junto com ele lá. No momento, ele não pode receber visitas, pois está em isolamento. Mas temos muito fé e confiança que logo esta fase vai passar e ele poderá receber visitas, e em breve, sair do hospital. Estamos esperando que a doença enfraqueça, para que ele possa então, ir para o banco de medula óssea, aguardar um doador compatível, para então realizar o transplante. Será mais uma etapa”, conta Adilson.

Entretanto, devido às sessões de quimioterapia, o número de plaquetas no sangue de Simond está diminuindo, e constantemente, ele precisa de reposição, que é feita através do banco de plaquetas, do Hemosc. “As plaquetas são componentes que participam do processo de coagulação do sangue, ou seja, auxiliam a estancar sangramentos. A diminuição na quantidade de plaquetas (ou alteração em sua função) pode, portanto, predispor a sangramentos, e a transfusão de concentrado de plaquetas é uma das formas de minimizar o risco de hemorragia”.

Para se ter uma noção, uma pessoa com a saúde normal tem em média de 140 mil a 400 mil plaquetas no sangue. Após a terceira quimioterapia, a quantidade de plaquetas no corpo de Simond Hoffmann somavam apenas 6 mil, um valor muito baixo. “Já tínhamos solicitado ao hemocentro de Blumenau mais plaquetas, mas o banco estava vazio, principalmente em virtude do feriado. Eles solicitaram então para Florianópolis, e um dia depois elas vieram. De 6 mil (ou menos) a quantidade foi para 30 mil. E a diferença que faz para a pessoa é muito grande. Por isso, a doação de plaquetas é muito importante”. 

Adilson e sua família realizaram uma campanha nas redes sociais para incentivar a doação de plaquetas para Simond, que completou 59 anos nesta terça-feira, dia 24 de fevereiro. Quem quiser doar, pode ir até o Hemosc de Blumenau, localizado na Rua Teodoro Holtrup, nº 40, na Vila Nova, e informar o nome de Simond Hoffmann, ou o código 1402070. “Esperamos conseguir dessa forma mais doadores de plaquetas, já que muitas pessoas nem sabe que é possível este tipo de doação, e conscientizar também sobre a importância deste ato para salvar vidas e ajudar em tratamentos com várias doenças, entre elas a Leucemia”, comenta.

A doação de plaquetas – O concentrado de plaquetas pode ser obtido tanto de uma doação de sangue convencional quanto por aférese, com a diferença de que esta última permite a coleta de uma quantidade muito maior de plaquetas (equivalente a seis doações de sangue).

A doação automatizada (também chamada de doação por aférese) é realizada utilizando-se um equipamento contendo um circuito descartável e estéril no qual o sangue circula, as plaquetas são separadas e armazenadas numa bolsa.

Os outros componentes do sangue são devolvidos ao doador. Uma solução anticoagulante é usada para evitar a formação de coágulos durante a doação. O sangue do doador circula exclusivamente dentro do circuito descartável e estéril, não entrando em contato com o equipamento.

A doação de plaquetas por aférese tem uma duração maior (cerca de 90 minutos) que a doação de sangue e necessita de um equipamento de aférese com um circuito descartável e estéril acoplado. Nessa doação, coletam-se apenas as plaquetas, e os demais componentes sanguíneos retornam ao doador.

A doação de plaquetas beneficia muitos pacientes, especialmente aqueles em tratamento para leucemias e outros tipos de câncer, os submetidos a transplante de medula óssea, a cirurgias cardíacas, as vítimas de trauma, dentre outros. Pode ser realizada a cada 72 horas, não ultrapassando 24 doações em 12 meses. A reposição das plaquetas pelo organismo é rápida e ocorre em torno de 48 horas.

Os mesmos requisitos exigidos para doação de sangue também são aplicados para a doação de plaquetas por aférese. A correlação peso e altura do doador também deve ser avaliada. Além disso, o doador não deve ter feito uso de aspirina, AAS ou anti-inflamatórios não hormonais nos cinco dias que precedem a doação.

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