Saúde

Campanhas de Vacinação contra gripe e sarampo são prorrogadas até o dia 24 de junho em SC

A decisão foi tomada pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB) motivada pela grande quantidade de vacinas disponíveis nos municípios e a baixa procura dos grupos prioritários até o momento.

4 de junho de 2022

Foto: Mauricio Vieira / Secom

Santa Catarina vai estender por mais três semanas as Campanhas de Vacinação contra gripe e sarampo, conforme orientação do Ministério da Saúde. Com a prorrogação, a vacinação vai até 24 de junho em todos os 295 municípios catarinenses, até que os estoques de vacinas sejam zerados.

A partir de segunda-feira, dia 6 de junho, pessoas com idade acima de seis meses, que não fazem parte de nenhum grupo prioritário da Campanha contra a gripe também poderão ser vacinadas, e a Campanha contra o sarampo continua para crianças de 6 meses a menores de 12 anos; além de trabalhadores da Saúde, independentemente do vínculo com estabelecimento da área.

A prorrogação das Campanhas buscam dar mais uma oportunidade para que as pessoas dos grupos prioritários, que ainda não se vacinaram, possam receber a dose da vacina. A decisão foi tomada pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB) motivada pela grande quantidade de vacinas disponíveis nos municípios e a baixa procura dos grupos prioritários até o momento.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive) recomenda que mesmo com a ampliação da vacinação para toda a população, as pessoas dos grupos prioritários, como crianças, idosos, gestantes entre outros, que são mais vulneráveis e podem desenvolver quadros graves pelo vírus influenza (gripe), devem procurar a vacina. Da mesma forma, as equipes municipais devem adotar medidas de forma a permitir uma melhora no desempenho da vacinação deste grupo, como busca ativa, vacinação extramuro e ampliação de horários das unidades de saúde.

A gerente de imunização da Dive, Arieli Schiessl Fialho, explica que é de extrema importância que as pessoas mais suscetíveis se imunizem. “O objetivo da campanha de vacinação é reduzir as complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus da influenza na população alvo para a vacinação”, ressalta a gerente.

Conforme os dados do Boletim Epidemiológico da Influenza (09/2022) publicado no dia 31/05, Santa Catarina registrou 173 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza em 2022. Desses, 131 casos (75,7%) foram causados pelo vírus H3N2; 38 casos (21,9%) não foram subtipados; 2 casos (1,1%) foram causados pelo vírus H1N1 e 2 casos (1,1%) pelo vírus da influenza B. Dos 173 casos de SRAG por influenza, 32 evoluíram para óbito.

De acordo com o diretor da Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, João Augusto Fuck, a maioria das mortes por influenza é registrada em idosos, pessoas portadoras de doenças crônicas e em crianças menores de cinco anos. “Os dados demonstram que esses grupos apresentam risco elevado para desenvolverem complicações graves associadas à influenza”, comenta.

A vacina contra influenza trivalente que está sendo utilizada na campanha de vacinação contra gripe protege contra três tipos de vírus: Influenza A (H1N1), Influenza A(H3N2) e Influenza B.

Em Santa Catarina, a cobertura vacinal entre os grupos prioritários está em 46,7%. A meta estabelecida pelo Ministério de Saúde (MS) é de vacinar, pelo menos, 90% dessa população formada por: idosos com 60 anos ou mais, trabalhadores da Saúde em geral, crianças de 6 meses a menores de 12 anos, gestantes e puérperas (mães até 45 dias após o parto), indígenas, professores, pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo, trabalhadores portuários, forças de segurança e salvamento e forças Armadas, funcionários do sistema prisional, população privada de liberdade e adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas.

Campanha contra o sarampo

Para melhorar o desempenho da imunização de crianças e trabalhadores da saúde, a Campanha de Vacinação contra o sarampo foi prorrogada. A medida levou em consideração o número de vacinados até o momento que, segundo dados do Sistema Federal, ainda não foi suficiente para o aumento adequado das coberturas vacinais. A cobertura vacinal está em 40,5% até o momento, sendo que a meta é de 95%.

Diante disso, a Secretaria da Saúde já tinha orientado os municípios a ampliar o grupo prioritário para o recebimento da vacina contra o sarampo, incluindo as crianças de 6 meses a menores de 12 anos de idade e trabalhadores da saúde independentemente do vínculo com estabelecimento de saúde.

A principal medida de prevenção e controle do sarampo é a vacinação. “Por esse motivo, a importância de estimular a atualização da caderneta de vacinação, especialmente neste período de queda das coberturas vacinais. Somente com a vacinação será possível garantir que a doença não retorne a Santa Catarina”, alerta Arieli.

Pessoas que fazem parte desses grupos devem procurar uma unidade de saúde para tomar a dose da vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola, independentemente da situação vacinal ou verificar com a Secretaria Municipal de Saúde a estratégia de vacinação local.

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