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Bioparque Zoo Pomerode registra um marco: o nascimento de Bugio-preto

Filhote nasceu dentro do programa de conservação de animais ameaçados e celebra ainda um ano do nascimento de outra espécie em risco, o Tamanduá-bandeira

1 de novembro de 2023

Foto: Divulgação / Bioparque Zoo Pomerode

Agarradinho na mãe, o fofo filhote de Bugio-preto tem chamado a atenção de quem visita o Bioparque Zoo Pomerode. O pequeno completou os seus primeiros seis meses de vida e é considerado uma vitória para a conservação da espécie, principalmente porque nos últimos anos, animais em seus ambientes naturais sofreram com registros de morte por febre amarela, chegando a mais de 600 casos registrados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive). “Doenças como a febra amarela reduziram muito a população de bugios que também estão ameaçados devido à perda de habitat por ações do ser humano como construção em áreas de matas, agricultura, queimadas, caça, entre outros”, explica a bióloga educadora, Jenifer Kroth.

Desde seus primeiros momentos de vida, o pequeno Bugio-preto está sob os cuidados da mãe junto ao próprio grupo de Bugios-pretos e com monitoramento constante da equipe de biólogos e veterinários do Bioparque Zoo Pomerode. Sua principal fonte de alimentação é a amamentação, mas ele já vem provando frutas, folhas e ração. “Como o filhote está saudável e com acolhimento da própria espécie, avaliamos seus comportamentos com a menor interferência para que aprenda a se alimentar e possa viver em harmonia com o grupo”, conta.

Por isso, o pequeno e a mãe também compartilham o grande espaço com outras espécies como Tamanduá-bandeira onde podem interagir e desenvolver seus instintos. “A manutenção dos comportamentos naturais é fundamental para a eles e a sua reprodução”, acrescenta Jenifer.

Programa de conservação é fundamental para preservação da espécie
O filhotinho nasceu dentro do programa de conservação que garante o bem-estar, oferta de habitat e atendimento ideal para aqueles que são ameaçados. Mais de 70% dos animais que o Zoo Pomerode acolhe são vindos de situações de risco e resgatados para preservação. “São casos que, se não recebessem os cuidados humanos, não sobreviveriam em vida selvagem diante das ameaças que os impedem de buscar alimento, abrigo e a se defender”, acrescenta. Junto ao programa de conservação a equipe do Zoo Pomerode já registrou outros cinco nascimentos entre 2015 e 2022, sendo o último registrado em junho do ano passado. Ao todo, o Bioparque acolhe oito Bugios-pretos.

Um ano do Tamanduá-bandeira
E equipe do Zoo Pomerode tem mais um motivo para comemorar já que em novembro completa um ano do nascimento do Tamanduá-bandeira, no Bioparque, espécie que também integra o programa de conservação. O filhote, que nasceu prematuro, precisou receber atendimento 24 horas por dia pelos biólogos e veterinários em habitat isolado, já que a mãe não deu os cuidados necessários.

No início, ele era alimentado com mamadeira a cada duas horas, inclusive à noite e a alimentação era feita quatro vezes ao dia. Conforme ele cresceu, aprendeu a se alimentar sozinho e hoje, já adaptado, vive em um ambiente misto na companhia do seu pai e algumas aves. “O Tamanduá-bandeira está classificado como vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Sem o programa de cuidado da espécie infelizmente está ameaçado. Mas aqui, recebe tudo que precisa para que possa se desenvolver de forma natural, ajudando assim a salvar essa espécie da extinção”, explica a bióloga educadora do Bioparque Zoo Pomerode, Geórgia Backes.

Sobre o Bioparque Zoo Pomerode
Com 91 anos de história, é considerado o maior zoológico de Santa Catarina, tendo como mantenedora a instituição sem fins lucrativos Fundação Hermann Weege. O local conta com aproximadamente 900 animais de 230 espécies diferentes, sendo que 77% destes foram resgatados de situações de risco e 23% já são nascidos sob cuidados humanos. O Bioparque é referência nacional no acolhimento e tratamento de animais selvagens e também na conservação de espécies ameaçadas de extinção.

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