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A vida de fé e dedicação à igreja

Ássela Emília Kraeft fala sobre relação com a igreja e importância em sua vida

4 de agosto de 2024

Foto: Isadora Brehmer / JP

A fé sempre foi o caminho escolhido por Ássela Emília Kraeft, ao longo de seus 86 anos. A moradora de Pomerode é uma das fiéis mais presentes na comunidade católica do município, atuando inclusive na Catequese da Paróquia São Ludgero.

Ássela é natural da cidade de Indaial, mas veio para Pomerode com a família ainda na infância. “Não me lembro do ano exato em que chegamos a Pomerode, mas me recordo de ver meus irmãos tomando a 1ª Comunhão já na Igreja São Ludgero, quando ela ainda era onde hoje é a Capela Nossa Senhora das Graças. Eu os acompanhei e é uma das lembranças mais vivas que eu tenho dos primeiros momentos na cidade”, conta a aposentada.

Inicialmente, a família residiu no bairro de Testo Rega e, quando Ássela se casou, veio morar no Centro, pois trabalhava na Porcelana Schmidt, no setor de marcação de produção. Na tão tradicional empresa pomerodense, a aposentada atuou por 14 anos.

Após os anos trabalhados na Porcelana Schmidt, Ássela prestou o concurso e foi aprovada para trabalhar na antiga Acaresc (hoje Epagri), instituição na qual ela atuou por 32 anos.

“Eu me recordo dos anos morando sozinha com a minha mãe, pois nós duas trabalhávamos na Porcelana Schmidt, enquanto um dos meus irmãos era funcionários da antiga Fio Vale e o outro trabalhava em Itajaí. Estudei no José Bonifácio, e gostamos de morar aqui, pois é uma cidade de cultura alemã, pois minha mãe só falava alemão, então para ela era bom. Mas muito mudou em Pomerode daquela época para agora”, pondera.

Ássela revela que trabalhar na Acaresc foi uma grande experiência em sua vida. O escritório da instituição, que lidava diretamente com a área de produção agrícola e pecuária, ficava no antigo prédio que sediava a Prefeitura Municipal.

A aposentada revela que o trabalho na Acaresc algumas vezes trazia desafios, mas garante que se sente grata por todos os aprendizados e pela vida que construiu, em geral.

“Conheci muitas pessoas trabalhando no escritório da Acaresc, pois lidávamos com os colonos. Algumas vezes era um desafio, pois havia formas diferentes de se falar de alguma coisa, mas sempre me dei bem com todos. Os colonos vinham conversar com os agrônomos e extensionistas, pois precisavam aprender a lidar com alimentação animal, principalmente, e com a plantação. Não posso reclamar da minha vida neste sentido, por mais que algumas vezes fosse difícil lidar, sempre encontrávamos uma forma e, no fim, foi muito bom”, destaca Ássela.

 

Uma vida de fé

Além do trabalho na Acaresc, Ássela sempre buscou estar caminhando junto da igreja, em sua vida, pois tem a fé como um dos pilares ao longo de sua caminhada.

“Sempre fui católica e estive presente na Paróquia São Ludgero aqui em Pomerode. Lembro de quando a Matriz foi transferida do local onde hoje é capela Nossa Senhora das Graças para o ponto atual. O terreno foi comprado e a primeira coisa a ser construída foi a casa paroquial. Depois, começou a ser construída a edificação onde hoje é a igreja matriz. E, aos poucos foram sendo criadas as nossas capelas, Nossa Senhora das Graças, Santo Antônio, Ecumênica Bom Pastor, São José, Santa Terezinha e Nossa Senhora do Rosário”, relembra.

Ao longo de seus 86 anos de vida, Ássela garante que o compromisso de frequentar as missas sempre foi cumprido e, para ela, estar presente na igreja sempre foi algo sagrado em sua rotina.

“Sempre participo das missas aos sábados, aos primeiros domingos de cada mês, e agora, com o retorno do Apostolado da Oração, nos reunimos na primeira sexta-feira de cada mês”, enumera.

Além da presença constante nas celebrações, Ássela também se envolveu em outras atividades da Igreja Católica, como a condução das crianças e jovens aos ensinamentos religiosos, com o trabalho como catequista, realizado durante 13 anos.

“Pude repassar os ensinamentos a diversas crianças e jovens, e hoje encontro vários deles na cidade, que se lembram de mim, o que me deixa feliz por poder ter marcado a vida deles, de alguma forma. Infelizmente, precisei deixar a função, pois não tinha mais tanta disponibilidade de tempo. Mesmo assim, quando precisam de mim, estou disposta a ajudar”, garante.

Ássela com os dois irmãos, na 1ª Comunhão deles. (Foto: Arquivo pessoal)

 

Devota ao Sagrado Coração de Jesus, à Nossa Senhora de Lourdes e adoradora de Santa Terezinha, Ássela afirma que a fé sempre foi uma companheira constante em sua caminhada, em busca da vida eterna.

“A minha fé me faz tudo. Lembro de uma fala recente do nosso padre: ‘de quem nós dependemos?’ E Jesus diz, eu sou o caminho, a verdade e a vida, então tenho consciência de que aqui estamos no caminho para a vida eterna. A fé sempre me manteve muito próxima da igreja, pois é o único local que devo frequentar e estar para chegar à vida eterna, pois acredito que estamos aqui de passagem. E eu tenho me preparado para chegar mais perto de Deus, com a minha fé”, finaliza a aposentada.

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