Esporte

Valorizando o esporte pomerodense

Prefeito eleito elenca prioridades do seu governo para a área esportiva

2 de novembro de 2016

Eleito no dia 02 de outubro, com 11.994 votos da população pomerodense, Ércio Kriek voltará à prefeitura no dia 01 de janeiro de 2017. O novo comandante terá muitos desafios pela frente, inclusive no campo esportivo. Entusiasta e grande incentivador da área, foi em seu primeiro mandato a Fundação Promotora de Eventos e Esporte de Pomerode (Funpeel) foi criada, com o objetivo de gerenciar as atividades esportivas em nosso município.

Por isso, o JP Esporte conversou com o prefeito eleito sobre os seus projetos para o esporte, alguns deles, já contemplados em seu Plano de Governo. “Um dos objetivos do esporte é a integração e a diversão, por isso, daremos um destaque muito maior do que vinha recebendo até agora”, enfatiza Ércio.

Confira a entrevista

JP Esporte – Muitos dos projetos de incentivo ao esporte são feitos por entidades privadas e associações. Como o seu governo pretende incentivar as escolinhas em nosso município?

Ércio Kriek – Durante a campanha já falávamos em envolver a cidade e as entidades, fazer com que recursos públicos possam se multiplicar. É uma alternativa que nós temos, fazer que cada real que investirmos se transforme em dois ou três porque, neste caso, há o trabalho dos voluntários e também eventos que essas escolinhas promovem para sobreviver, e isso faz com que atinjamos um número maior de pessoas com custo menor. Iremos ser, novamente, parceiros das escolinhas, nas diversas modalidades, e procurar dar essa oportunidade às pessoas em todos os bairros. Esperamos que a gente tenha essa possibilidade de formar parcerias com diversas escolinhas, para que esses jovens possuam mais uma alternativa, pois esporte é educação, é cultura, é disciplina. E isto faz com que eles se tornem pessoas mais disciplinadas. Esse deve ser o grande princípio. As escolinhas que apoiávamos no nosso primeiro mandato tinham essa questão da cobrança de um melhor rendimento escolar. E como a garotada adora esporte, acabava se empenhando mais na escola para continuar participando.

JPE – Diversos atletas deixam de representar nossas cores, após as categorias de base, pela falta de incentivo, principalmente financeiro. Como minimizar essa evasão esportiva em nossa cidade?

EK – O trabalho do município deve ser realizado, principalmente, nas categorias de base. Após isso, uma das alternativas é conversarmos com as entidades. Um exemplo é o futebol, que teve uma queda no número de participantes no campeonato municipal e uma das razões, talvez, seja essa falta de estímulo aos atletas que, após os 16, 17 anos, não tem muitas opções para participar de competições. Essa conversa temos que ter com as diversas entidades do município para, que esses jovens continuem no meio esportivo. Outra são os incentivos dos governos Estadual e Federal. Nós devemos nos aproximar desses programas, para que os recursos venham. Não tenho dúvida que, se trabalharmos juntos, a soluções virão mais facilmente.

JPE – As premiações em dinheiro, para as competições comunitárias, serão retomadas?  

EK – Penso que sim, mas primeiro, temos que tentar identificar porque elas não são mais oferecidas. Às vezes, há entendimentos diferentes do Tribunal de Contas ou alterações na própria questão legal, mas é uma das alternativas que temos para incentivar, afinal, não eram premiações exorbitantes, mas davam a oportunidade de as equipes confraternizarem após as competições ou, até, adquirirem materiais esportivos. Diversos campeonatos iniciaram na minha primeira gestão e as premiações aconteciam. Portanto, se não houver impedimento legal, com certeza, elas estarão sendo retomadas, pois se tratam de um estímulo a mais para os atletas.

JPE – Seu plano de Governo fala sobre a criação de uma Arena Multiuso. Onde ela será erguida e como será útil para a população?

EK – Nós temos a intenção de buscar recursos para a criação da Arena Multiuso, ou ainda, transformar o Ginásio Ralf Knaesel nessa arena. Vamos discutir essa situação com nossa equipe técnica, mas, se não for lá, estaremos buscando recursos para que possamos viabilizar esse empreendimento. Seria mais uma alternativa para que possamos fazer com que nós, pomerodenses, estejamos mais motivados a participar das competições esportivas. A partir do momento que grandes competições forem realizadas em nosso município, a população se motiva, principalmente quando atletas de renome estão perto da gente. Percebemos isso quando Pomerode participou da Superliga de Vôlei. As meninas acabavam se envolvendo e se motivando a participar do projeto. É inegável que Pomerode, hoje, é o destino turístico de diversas pessoas, um dos maiores de Santa Catarina, e até mesmo do Brasil. E através dessa Arena Multiuso, poderemos fazer com que o esporte e outras atividades estejam acontecendo no local e que ele passe a ser mais uma alternativa de renda para o nosso município e, principalmente, de lazer e esporte para todos nós.

JPE – Existe algum projeto de revitalização do Complexo de Esporte e Lazer Francisco Canola Teixeira?

EK – Se não houver possibilidade de transformar o Ginásio Ralf Knaesel em arena, nós estaremos, sim, revitalizando aquele local. Temos a intenção de revitalizar todo o complexo, mas, principalmente, realizar uma reforma no Pavilhão de Eventos.

JPE – Como será o incentivo ao esporte na melhor idade?

EK – Quando eu era prefeito, participava, eventualmente, dos encontros da Terceira Idade, e percebemos isso também agora, no período eleitoral e pós-eleitoral, o quanto algumas modalidades estão presentes nessa fase, como jogos de mesa, carteado etc. Fora as competições que nós já temos, que precisam ser preservadas e estimuladas, para que essas pessoas continuem participando, talvez a criação de uma Olimpíada da Terceira Idade fosse uma opção interessante. Muitas dessas atividades estão restritas àqueles que participam do Clube Sênior, e com essa olimpíada, poderíamos descobrir e dar oportunidade a pessoas de participar de competições de rendimento. O que nós percebemos em outras em locais públicos de outras cidades, como praças, é que há mesas para que eles possam jogar o seu dominó, carteado. E isso poderemos também implantar na nossa cidade. Além disso, vamos continuar incentivando os programas do município, como a ginástica, que tem o acompanhamento de profissionais nas atividades físicas. 

JPE – Atualmente, Pomerode possui diversos paratletas de renome, que buscam trazer bons resultados nas competições que participam. É prioridade de seu governo promover o incentivo ao paradesporto?

EK – Também na minha primeira gestão, talvez demos os primeiros passos para que o paradesporto se concretizasse em nosso município. São pessoas que precisam ter uma atenção mais do que especial, pois elas conseguem se superar e são extremamente importantes para nós. Não adianta nós dizermos que vamos fazer isso ou aquilo. Já defendemos na campanha e continuaremos defendendo, durante os próximos quatro anos, que precisamos ouvir e estar junto com eles, para que possam dizer o que eles esperam o que seja feito e nós, darmos a oportunidade para que os anseios e as vontades deles sejam realizados.

JPE – A realização de uma gincana municipal é pauta há alguns anos. Existe algum projeto para realização de tal prática, a exemplo de municípios vizinhos?

EK – Sim, inclusive no nosso Plano de governo colocamos essa proposta, que acaba sendo extremamente importante, pois é a oportunidade de integrarmos, numa única competição, o jovem, a meia idade e a melhor idade. Sem dúvida, estaremos trabalhando para que isso possa se concretizar já no primeiro ano de mandato. Percebemos, no caso de Blumenau, onde a gincana municipal é referência, que a juventude acaba se envolvendo. É uma das nossas preocupações, trazermos alternativas de lazer e entretenimento para os jovens. E também, já cogitamos a possibilidade de envolvermos os Clubes de Caça e Tiro nessa gincana, o que levaria os jovens a, também, participar dessas associações. Seria diferente da Oliclubes, que contempla competições mais voltadas à questão esportiva. Uma gincana municipal, que envolve questões históricas, culturais e sociais. E essa seria a melhor maneira de integrarmos e envolvermos todas as pessoas de nossa cidade.

JPE – Em muitos bairros, há poucos locais para a prática do esporte. Muitas vezes, ela é feita em associações e escolas. Como mudar essa situação? A criação de campos ou quadras esportivas nos bairros será feita?

EK – Percebemos que existem diversos locais que poderão ser aproveitados. Até, eventualmente, a própria comunidade coloca esses locais à disposição. O que falta, talvez, é a ligação do Poder Público com essas pessoas, para buscar alternativas para que esse terreno, que não esteja sendo utilizado, possa ser um bom local para uma área de lazer. Através de um contrato de comodato, de parceria, entre o município e a entidade, ele possa se tornar um local para a prática do desporto. Além disso, muitas dessas áreas públicas e precisariam apenas de um pequeno trabalho para que possam ser disponibilizadas à população para a prática esportiva. Por exemplo, Pomerode Fundos é o único bairro que não possui uma quadra coberta. Essa é uma das nossas preocupações, proporcionar àquela população essa benfeitoria, o que faria com que todos os bairros tivessem a oportunidade de praticar suas atividades em dias de chuva e protegidos do sol. No caso do Wunderwald, poderia ser utilizada a quadra da escola Presidente Prudente de Morais, que fica próxima. Já no Vale do Selke, temos a quadra de escola Olavo Bilac. Precisamos aproveitar, cada vez mais esses locais, para que a população seja beneficiada. O que nós percebemos, durante a campanha, é que precisamos ter mais áreas de lazer nos bairros. Já temos inúmeras academias ao ar livre, mas algumas delas são pouco utilizadas. Por isso, num primeiro momento, estaríamos disponibilizando um monitor, que orientaria as pessoas nas atividades físicas e, após, elas poderiam praticar de maneira habitual.

JPE – Pomerode foi reconhecida nacionalmente graças ao projeto do Vôlei, em 2009/2010. O Governo Municipal pode voltar a apoiar iniciativas como essa?

EK – Penso que podemos apoiar, desde que não recaia, única e exclusivamente, sobre o Governo Municipal. Na época, conseguimos o envolvimento do Governo do Estado e também da iniciativa privada, fora a própria ADPomerana, que estava à frente do projeto. É muito interessante e o que nós percebemos, em conversas com as empresas envolvidas, foi o retorno financeiro que elas tiveram, ultrapassando os investimentos. Além disso, Pomerode foi projetada nacionalmente e a gente sabe que grandes competições têm essa característica. Por isso, até para fomentar ainda mais o turismo em nossa cidade, é uma alternativa que não estaremos descartando.

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