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Uso da camisinha aumentou nos últimos quatro anos

Uma pesquisa constatou que o uso do preservativo com parceiros eventuais cresceu de 64% para 79,5% em quatro anos.

4 de setembro de 2003


O programa DST-Aids, do Ministério da Saúde, divulgou somente agora pesquisa feita pelo Ibope em todo território nacional, em janeiro deste ano, em relação ao uso da camisinha com parceiros eventuais. A constatação é de que o uso cresceu de 64% em 1998 para 79,5% em quatro anos.


A pesquisa ouviu 1.882 pessoas com mais de 14 anos. Do total dos entrevistados, 69,2% disseram ser sexualmente ativos, o que corresponde a 85 milhões de habitantes. Desse percentual, 85% relataram ter parcerias fixas, contra 8% que teriam apenas parceiros eventuais. Já 7% dos entrevistados apresentam um parceiro fixo e outros eventuais ao mesmo tempo.


O uso do preservativo com parceiros fixos fica na faixa de 20%. Sobre o uso em todas as relações sexuais, o índice cai para 11%. A confiança no parceiro foi o motivo principal apresentado pelos entrevistados para dispensar o preservativo: 53%. O segundo motivo foi o uso de algum tipo de anticoncepcional (11%).


A pesquisa ainda aponta que o aumento da Aids entre as mulheres está relacionado com a confiança no parceiro. Elas representam 52% das pessoas que só têm parceiros fixos, enquanto os homens respondem por 88% das pessoas que só têm parceiros eventuais. Entre os que têm os dois tipos de parceiros (fixos e eventuais), os homens também são maioria: 84%.


Os jovens de 20 a 29 anos são os que mais têm parceiros fixos e eventuais (44%) e apenas eventuais (40%). Os que estão iniciando a vida sexual (faixa de 14 a 19 anos) têm mais parcerias eventuais (25%) e também fixa e eventual (11%) do que apenas fixas (apenas 5%). Em compensação, 65% desses jovens usaram o preservativo na primeira relação sexual, o que indica maior consciência dos riscos de uma transmissão do HIV ou de outras doenças sexualmente transmissíveis (DST).


O percentual do uso do preservativo entre jovens é quase igual ao da Inglaterra (68%) e maior do que o de outros países desenvolvidos, como Canadá (58%), Alemanha (57%), Itália (52%) e Estados Unidos (51%).

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