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Usando a força, sem perder a ternura

Artes marciais. Um esporte exclusivamente masculino, não é?! Nos dias atuais essa afirmação causa até mesmo espanto, mas se enquadra no padrão mais preconceituoso da atualidade. A cada dia, as mulheres procuram cada vez mais esportes de lutas. Para se sentirem mais seguras e, principalmente, para manter a disciplina e a mente saudável e com saúde, o Kickboxing proporciona muita concentração.

1 de junho de 2015

Artes marciais. Um esporte exclusivamente masculino, não é?! Nos dias atuais essa afirmação causa até mesmo espanto, mas se enquadra no padrão mais preconceituoso da atualidade.
A cada dia, as mulheres procuram cada vez mais esportes de lutas. Para se sentirem mais seguras e, principalmente, para manter a disciplina e a mente saudável e com saúde, o Kickboxing proporciona, além de uma aptidão física – devido ao alto nível de exigência – muita concentração durante os treinos.
As mulheres vêm, ano a ano, vencendo todas as barreiras e mostrando que são capazes de realizar qualquer tipo de atividade. Um exemplo disso é Camila Fernanda Lunge, de 21 anos. Ela é considerada a pioneira a praticar uma arte marcial, com bastante impacto, como o Kickboxing, em Pomerode.
A estudante de Engenharia Química, de olhar terno e voz calma, nem parece ser uma praticante da modalidade. Mas quando entra em ação, mostra toda a sua força e garra, típicas das mulheres.
Camila começou a praticar o esporte há dois anos, com o objetivo de emagrecer e obter condicionamento físico. Mas logo a modalidade foi tomando espaço na vida da estudante que, inclusive, a fez participar da 1ª Copa Pomerode de Kickboxing, realizada em outubro do ano passado. Em seguida, participou de um campeonato em Rio do Sul, onde lutou, venceu por WO e garantiu uma vaga no Campeonato Brasileiro da modalidade.
Apesar do pioneirismo e de todas essas conquistas, Camila conta que no início não foi simples começar a treinar. Não pelo esforço físico, mas pelo que ela imaginava que seria o comportamento dos outros alunos.
No início foi bem estranho, porque eu era a única mulher no meio de alguns homens. Como é uma luta de contato, e na maioria das vezes, os homens têm mais força, acabou gerando certo desconforto nos primeiros treinos, conta.
Porém, com o tempo, as coisas mudaram e a convivência com os companheiros de treino foi gerando confiança na lutadora, e ela foi se adequando à rotina de treinamentos.
Camila conta que, muitas vezes, já chegou ao treino de salto alto, pois ia da faculdade diretamente para o tatame. Eu chegava ao treino e me trocava lá, claro que os rapazes ficavam fazendo brincadeiras comigo, mas sei que era tudo muito saudável e além de tudo, sou mulher, tenho a minha feminilidade. Não é porque luto Kickboxing que vou deixar a vaidade de lado, revela.
A esportista conta que o esporte mudou e muito a sua vida. Além do 17 quilos eliminados, a modalidade ensinou e enfatizou à jovem, disciplina, foco e, principalmente, o respeito ao próximo.
Além disso, ela conta que com o Kickboxing, aprendeu uma modalidade de autodefesa. Camila conta que até agora não precisou usar as técnicas para se defender, fora do tatame, mas se um dia precisar, não vai hesitar.

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