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Uma espera de nove meses, que quase termina no local de trabalho

Com 20 anos, no terceiro mês de trabalho, Daniela Gutz Kiekhofel engravidou. Nesta época ela fazia parte da equipe do Acabamento, contudo, com o passar dos meses e a gestação encaminhando-se para a reta final, foi transferida para o Bordado. Não tinha experiência alguma na área têxtil. Havia trabalhado no setor calçadista e alimentício.

1 de junho de 2015

Com 20 anos, no terceiro mês de trabalho, Daniela Gutz Kiekhofel engravidou. Nesta época ela fazia parte da equipe do Acabamento, contudo, com o passar dos meses e a gestação encaminhando-se para a reta final, foi transferida para o Bordado. Não tinha experiência alguma na área têxtil. Havia trabalhado no setor calçadista e alimentício. Nunca tinha trabalhado com malha, mas eu gostei logo no início, dobrava e fazia a revisão de peças. Chegou uma fase, em que eu já estava bem barriguda, que era complicado revisar, então fui para o Bordado, explica.
Aos nove meses, chegando a data prevista para o parto, Daniela seguia trabalhando normalmente. Quase tive meu filho na empresa. Trabalhei até a minha bolsa estourar. Era uma sexta-feira. Pela manhã cuidei normalmente da minha casa, fiz limpeza, arredei cama e tudo. E à tarde, vim trabalhar. Às 14 horas, fui me abaixar e minha bolsa rompeu. Chamei minha encarregada e contei o que tinha acontecido. Ela ficou mais nervosa do que eu. Meu esposo trabalhava em uma oficina e fomos até lá chamar ele. Ainda fui para Jaraguá ter meu neném, diverte-se, relembrando.
Já a segunda gravidez de Daniela Gutz Kiekhofel foi mais complicada e ela teve que se afastar por três meses da empresa. Acredito que se não fosse por estas complicações, teria sido como o primeiro, que praticamente nasceu na empresa.

Aprendendo a liderar – Passado o susto e a licença maternidade, a colaboradora retornou ao trabalho e ao setor de Acabamento. Logo após, surgiu uma oportunidade no Bordado, onde já havia adquirido certa experiência durante sua gestação. Fui transferida para o Bordado, onde estou até hoje. Há nove anos sou encarregada e coordeno, atualmente, 17 pessoas. Trabalhar com pessoas não é fácil, cobrar também não é.
Daniela explica que para que exista uma relação saudável entre a equipe, é necessário que as pessoas estejam abertas a escutar e que saibam lidar com negativas. Não é sempre que podemos dizer que sim, que concordamos com um pedido, por exemplo. E a pessoa deve separar e aceitar. Não é nada pessoal, mas infelizmente, nem tudo que desejamos é possível que tenhamos naquele momento específico.
E segundo a encarregada, cobrar dos mais experientes é ainda mais complicado. Eles já têm um modo de trabalhar, de fazer as suas obrigações. Quando chega alguém bem mais novo e passa uma recomendação distinta, nem sempre é recebido com bons olhos.

Uma verdadeira escola – Para Daniela Gutz Kiekhofel, a empresa Cativa Têxtil representa uma verdadeira escola. Aprendi muito aqui e quando falo isso, não me refiro somente à parte profissional. Hoje sou uma pessoa bem mais responsável e acessível. Passei a ser mais organizada e a lidar com mais tranquilidade com as dificuldades que surgem ao longo da vida.
Com relação aos estudos e cursos de qualificação não foi diferente. Quando chegou à empresa, a colaboradora não havia completado o primeiro grau. Com o passar do tempo, conseguiu concluir o ensino médio. Todos os meses a empresa oferece um curso de três horas para os colaboradores que são encarregados. Sempre que posso, participo. Já participei de cursos de gerenciamento, gestão de pessoas, otimização de tempo, entre outros. Por minha iniciativa também fiz um curso completo de informática.
Conforme Daniela, associar a teoria à parte prática é fundamental para uma trajetória de sucesso. Utilizo muito na prática o que aprendo nos cursos. Tem momentos que questionamos os motivos de estarmos aprendendo determinada coisa, mas logo depois, na prática, surge uma dificuldade que imediatamente identificamos que podemos aplicar aquele ensinamento.
Quando o assunto é o crescimento da empresa, Daniela Gutz Kiekhofel relembra que quando iniciou, era impossível prever que chegaria aonde chegou. Tudo mudou, mas para melhor. O Bordado, por exemplo, contava com apenas uma máquina, hoje são 15. A empresa cresceu e pensou nos colaboradores. Sou suspeita para falar, pois tenho um carinho muito especial pela Cativa.

Benefícios – Mas o carinho de Daniela não se resume à empresa, na questão física. Mas sim, é transferido aos seus diretores. São pessoas com uma visão humana privilegiada. Eles veem mais do que números e faturamento, pensam em seus colaboradores com pessoas importantes e dignas de atenção. A empresa tem melhorado muito neste sentido e hoje temos benefícios que não tínhamos no passado. Não posso deixar de lembrar também dos sorteios. Ganhei, em uma oportunidade, um aparelho televisor, que tenho até hoje. Desejo, verdadeiramente, que a empresa atinja as expectativas de crescimento atuais e que eu possa fazer parte disso, parte desta grande equipe, desta maravilhosa família.

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